sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Protesto censurado: polícia proíbe faixas contra Ronaldinho Gaúcho

Comando do BOE promete vetar ingresso de qualquer mensagem ofensiva

Por Eduardo Cecconi Porto Alegre
Protesto de gremistas contra Ronaldinho Gaúcho (Foto: Blog Grêmio Libertador/Divulgação)Integrantes do blog recorreram à justiça comum
(Foto: Blog Grêmio Libertador/Divulgação)
Amparado no artigo 13 do Estatuto do Torcedor, o comando do Batalhão de Operações Especiais (BOE) promete censurar qualquer manifestação por escrito programada pelos torcedores do Grêmio em protesto contra Ronaldinho Gaúcho. Grupos de gremistas mobilizaram-se criando faixas com a inscrição "Pilantra" e notas de dinheiro com o rosto do jogador do Flamengo, para usar na partida das 16h de domingo, no Estádio Olímpico.
O texto do artigo diz:
- Não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas. Inclusive de caráter racista ou xenofóbico.
Segundo avaliação do comando do BOE, responsável pelo policiamento no jogo Grêmio x Flamengo, mesmo sem referência a Ronaldinho Gaúcho a faixa "Pilantra" não será permitida. A polícia não explica, entretanto, como será o procedimento da revista nos portões para evitar a entrada das faixas e cédulas.
O Grêmio já foi comunicado. Segundo o diretor-administrativo Luiz Moreira, a responsabilidade é toda do BOE.
- Nos passaram alguma coisa sobre o Estatuto do Torcedor, e que não deixariam entrar nenhuma faixa de cunho agressivo. Agora, isso é com a Brigada Militar - afirmou.
Integrantes do blog Grêmio Libertador, idealizador das faixas, entraram com uma liminar na justiça comum para garantir a liberdade de expressão do protesto pacífico no jogo. Torcedores temem que a censura acirre os ânimos e desencadeie tumultos no acesso ao estádio.
Até o momento foram vendidas 300 faixas, outras 200 estão encomendadas, e a produção de mais 200 foi suspensa enquanto não sai a decisão sobre a liminar. O GLOBOESPORTE.COM acompanha o jogo em Tempo Real, e a TV Globo transmite ao vivo para o Rio de Janeiro, às 16h.

Brasil repete vexame, cai diante de dominicanos e é eliminado na 1ª fase

Com 20 pontos de vantagem no terceiro quarto, equipe de Rubén Magnano volta a sofrer apagão e leva nova virada; briga agora é pela quinta posição

Por João Gabriel Rodrigues Direto de Guadalajara, México
O roteiro foi o mesmo da noite anterior. De diferente, apenas o adversário e o momento do apagão. Após ter uma vantagem de 20 pontos contra a República Dominicana, o Brasil perdeu o controle do jogo no último quarto e repetiu o vexame da partida contra os Estados Unidos. Com a derrota por 85 x 77, a seleção de Rubén Magnano se despediu da briga por uma medalha nos Jogos Pan-Americanos nesta sexta e terá que se contentar com a disputa pelo quinto lugar. Enquanto isso, dominicanos, que fizeram a festa dentro de quadra após a partida, vão para a semifinal.
- Sempre falo que uma partida perdida é um aprendizado. Mas, menos de 24 horas depois (da derrota para os Estados Unidos), parece que não aprendemos nada. Quanto tempo mais vamos precisar para aprender? - disse Rubén Magnano após a partida.
marcelinho machado basquete brasil x república dominicana pan (Foto: Reuters)Murilo e Marcelinho Machado deixam a quadra cabisbaixos (Foto: Reuters)
O grande nome do jogo foi Jack Martinez. Com 22 pontos, o dominicano infernizou a marcação brasileira e deixou a quadra exaltado pela torcida mexicana. Para ele, a vitória em Guadalajara teve gosto de revache por conta da derrota na semifinal da Copa América de Mar del Plata, que valeu a vaga olímpica para o Brasil.
- É uma revache, claro. Nos últimos anos, perdemos muitos jogos para eles. Em Mar del Plata, vencemos um jogo, mas perdemos o que realmente valia algo. Ficamos muito felizes por vencer aqui. Eu me sinto muito bem em eliminar o Brasil.
Durante a partida, o Brasil se cansou de cometer erros. Assim como na derrota para os Estados Unidos, no entanto, conseguiu abrir uma boa vantagem no placar. De nada adiantou. Os dominicanos passaram a marcar sob pressão e conseguiu a virada. Marcelinho Machado, com 17 pontos, foi o cestinha da equipe brasileira.
O jogo
Após a derrota contra os Estados Unidos, a seleção tinha pedido cuidado com um dominicano em especial: Jack Martinez. E foi justamente ele quem fez a diferença no primeiro quarto. O ala, destaque da equipe na campanha da Copa América, brilhava com belos passes, rebotes nos garrafões e oito pontos no primeiro quarto. Do outro lado, o Brasil teimava nos arremessos de três, quase todos com a mira desregulada. No fim, vantagem rival de 20 a 19.
A mira brasileira melhorou no segundo quarto. Nos dois primeiros lances, a seleção já havia tomado a dianteira no placar. Após belo passe de Marcelinho, Cristiano Felício conseguiu bela infiltrada e uma enterrada sensacional, chegando a seis pontos de vantagem: 30 a 24.
Wellington Santos - Basquete - Brasil x Republica Dominicana (Foto: Agência Reuters)Nezinho realiza bandeja (Foto: Agência Reuters)
Mais uma vez, a seleção deixou os dominicanos encostarem e a diferença caiu para um ponto. A sorte, porém, é que Jack Martinez passou a errar tanto quanto os brasileiros. Uma bandeja de Nezinho, em contra-ataque rápido após bola recuperada na defesa, deixou o Brasil cinco pontos à frente, com 38 a 33. As duas seleções perdiam ataques em sequência, mas o time de Magnano terminou o primeiro tempo à frente: 40 a 33.
O segundo tempo começou com uma cesta de três de Marcelinho. Com 11 pontos à frente no placar, a seleção chegou a ensaiar um novo apagão, assim como no terceiro quarto da partida contra os Estados Unidos. Benite, de três, e Marcelinho, com quatro cestas em sequência, e Murilo, em novo arremesso de três, deixaram o Brasil com vantagem de 15 pontos no placar. Depois, chegou a abrir 66 a 46. Porém, os 20 pontos viraram 13 ao fim do terceiro quarto.

E toda esta vantagem foi embora nos últimos dez minutos. A virada veio faltando três minutos, quando o desespero bateu à porta dos brasileiros. Marcelinho Machado tentou um arremesso de três e a bola não deu nem aro. No contra-ataque, Victor Luz fez uma bandeja, sofreu a falta e colocou a República Dominicana na frente: 75 a 72.

A partir daí, foi um festival de erros de um lado e acertos do outro. A torcida exaltava Martinez, cestinha do jogo com 22 pontos. Magnano ainda pediu tempo e tentou dar novo ânimo aos atletas, mas a equipe não conseguiu se recuperar do novo golpe. No fim, com 29 a 8 no último quarto, os dominicanos iniciaram uma festa, com dança e gritos no centro da quadra, enquanto os brasileiros se despediam cabisbaixos.
soliver martinez basquete brasil x república dominicana pan (Foto: Reuters)Martinez, à frente, comemora a vaga nas semifinais em Guadalajara (Foto: Reuters)

Adriano não enfrenta o Avaí, e Tite confirma Sheik no banco de reservas

Técnico diz que Imperador melhorou, mas ainda precisa perder peso para subir de produção. Retorno deve acontecer contra o América-MG, dia 6

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
Adriano, do Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)Adriano no treino do Corinthians
(Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)
Adriano ainda não voltará ao Corinthians na partida contra o Avaí, domingo, às 16h, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro. Após o treino desta sexta-feira à tarde, no CT Joaquim Grava, o técnico Tite anunciou que o Imperador não será relacionado. A novidade é a presença do atacante Emerson depois de cinco partidas.
- O Adriano não vai. Ele melhorou, mas precisa de um pouco mais. Ele vai treinar e a possibilidade para o outro jogo (América-MG, dia 6 de novembro) fica muito maior - afirmou Tite.

Depois de atuar por 42 minutos (12 diante do Atlético-GO e 30 frente ao Botafogo), o Imperador foi poupado das partidas contra Cruzeiro e Internacional para melhorar o condicionamento físico. Além de ritmo, a comissão técnica e o departamento físico entendem que o centroavante necessita perder peso para atuar em um nível mais elevado.

- Ele precisa de um condicionamento físico melhor, precisa perder peso para estar em boa condição, com intensidade, mobilidade, força na perna, precisão. Ele carece disso. O Adriano melhorou bastante, o sobrepeso melhorou legal. Quanto melhor condicionado estiver, melhor os movimentos técnicos. Uma coisa está ligada a outra - ressaltou o treinador.
O temor no Corinthians é de que a torcida não tenha paciência com o momento de recuperação de Adriano. Nas duas vezes que foi a campo, o centroavante esteve abaixo do esperado, mas recebeu  incentivo dos torcedores. Entretanto, com a aproximação do fim do Brasileirão, o clube teme que a pressão pode aparecer.

- Tenho de jogar com a realidade. Assim como ele se prontificou quando não tínhamos ninguém, agora temos o bom senso de colocá-lo quando estiver bem para dar uma boa resposta. Ou então, ele vai ser cobrado, e agora não está em condições. Não é dizer: "o atleta está com vontade". Ele sempre vai estar. Nós também temos de observar esse lado - explicou Tite.
Adriano treinará normalmente no sábado pela manhã, ganhará folga no domingo e só retornará ao clube na segunda-feira, dia em que os jogadores relacionados serão liberados.

Já Emerson retorna ao time depois de cinco rodadas de ausência em decorrência de um problema muscular na coxa direita. O último jogo dele foi quando marcou o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Bahia, no Pacaembu. Ele iniciará a partida no banco de reservas.

- O Emerson está relacionado e tem margem de segurança para jogar 30 minutos - completou o comandante.

Muricy admite: temeu não estar no Mundial e até refletiu sobre a carreira

Treinador, afastado por causa de uma hérnia de disco, reaparece no Peixe

Por Wagner Eufrosino Santos, SP
Muricy Ramalho no Santos (Foto: Wagner Eufrosino)Muricy Ramalho no Santos (Foto: Santos FC)
Durante dez dias, Muricy Ramalho ficou afastado e chegou a ser internado por causa de uma crise de hérnia de disco, que pegou o nervo ciático, irradiou para a perna esquerda e o impediu até de caminhar. Nesse tempo repensou a carreira e ficou com medo de não poder comandar o Santos no Mundial de Clubes da Fifa, que acontecerá em dezembro. O treinador concedeu entrevista no CT Rei Pelé, nesta sexta-feira.
- Pensei muito e ainda bem que não precisei operar. Se fosse mais complicado teria de me afastar. Foi difícil para caramba de chegar e não posso arriscar deixar de realizar o meu grande sonho, que é o Mundial. Pensei na minha carreira, pensei na minha vida, pensei em muita coisa nesse tempo e vou me preparar da melhor maneira possível - comentou Muricy Ramalho.
O treinador santista tem se dedicado aos trabalhos de fisioterapia e também foi obrigado a fazer dieta para não comprometer sua recuperação.
Foi difícil para caramba de chegar e não posso arriscar deixar de realizar o meu grande sonho, que é o Mundial"
Muricy Ramalho
- Estou evoluindo muito e sou muito disciplinado. Estou tomando medicamentos, fazendo regime também e isso ajuda, mostrei que estou melhorando muito. Vou seguir fazendo fisioterapia, e no meio da semana que vem espero vir aqui para ficar com os jogadores uns três dias, mas vamos ver - explicou o treinador.
As dores começaram a incomodar Muricy durante a partida com o Atlético-MG, no dia 13 de outubro, e só pioraram. Após seis dias, ele chegou ao hospital São Luiz sem andar e foi internado por mais três dias. O técnico retornou nesta sexta-feira ao CT para dar satisfação aos jogadores, mas ainda depende da liberação dos médicos para voltar a trabalhar. A previsão do treinador é que ele volte no jogo contra o Vasco.
- Realmente não foram bons dias, nunca me aconteceu isso, não tinha tido esse problema. Tinha hérnia, mas ela nunca tinha me incomodado desse jeito. Graças a Deus fiz exames e evitei o pior, que era a operação. Sigo em processo de recuperação, já melhorei, mas isso engana, é perigoso, preciso de repouso e muito tratamento. Se eu tiver uma recaída, meu grande sonho pode não acontecer. Vou me preparar para isso como se fosse um jogador. Nem podia estar aqui, mas precisamos seguir com o planejamento do Mundial. Vim para dar explicações e dizer a eles (jogadores) que estamos atentos ao nosso final de ano - completou Muricy.

De herói a vilão: R10 repete no Sul a história de outros ídolos vaiados

Bebeto, Romário, Edmundo e Ronaldo foram hostilizados em jogos que envolveram a torcida rubro-negra. Casagrande e Pet são exceções

Por Richard Souza Rio de Janeiro

“Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”. O refrão de “Vou Festejar”, samba composto por Jorge Aragão e consagrado na voz de Beth Carvalho, foi a trilha sonora escolhida pelos gremistas para receber Ronaldinho neste domingo. Dez anos depois, o craque voltará ao Olímpico. Na antiga casa, no lar que foi dele, será um visitante nada bem-vindo. A torcida do Grêmio - a estimativa é de 45 mil pessoas - vai marcar o craque do Flamengo. Por lá, ninguém esquece que ele deixou o clube em 2001 rumo à França de forma polêmica e muito menos da escolha pelo Rubro-Negro no início desta temporada. Quando decidiu voltar ao Brasil, o Tricolor abriu as portas, mas R10 entrou na Gávea.
O reencontro com clima hostil faz lembrar outros casos de vira-casacas em jogos do Flamengo. Bebeto, Romário, Edmundo e Ronaldo viveram situações parecidas com a de Ronaldinho. Ao decidirem mudar de clube, “traíram” a confiança dos torcedores e deixaram multidões magoadas.
Bebeto jogando pelo Vasco em 1989 (Foto: Arquivo / Ag. Estado)Bebeto: polêmica ao trocar o Flamengo pelo
Vasco em 1989 (Foto: Arquivo / Ag. Estado)
No caso de Bebeto, os rubro-negros sentiram o que sentem os gremistas com o Gaúcho. O atacante decidiu trocar a Gávea por São Januário. Polêmica certa. A primeira vez contra o ex-clube foi inesquecível. Em novembro de 1989, Flamengo e Vasco se enfrentaram pelo Brasileirão. Comandado por Zico e Júnior, o Rubro-Negro venceu com dois gols de Bujica. Bebeto foi vaiado pela torcida do Fla e acabou expulso após se desentender com o ex-goleiro Zé Carlos, falecido em 2009. Sete anos mais tarde, em 1996, o atacante voltou ao Flamengo, mas sem muito destaque. Hoje, Bebeto é torcedor assumido do Rubro-Negro.
Com Romário aconteceu o inverso. Em maio de 1995, o Baixinho mandou o recado durante uma entrevista e recomendou que os vascaínos levassem lenços ao Maracanã em sua primeira vez contra o time de São Januário. Em jogo válido pelo octogonal final do Carioca, o camisa 11 fez o gol da vitória sobre o clube que o revelou e comemorou como se estivesse enxugando lágrimas. Sem contar aquele tradicional pedido de silêncio. Mais uma das muitas promessas cumpridas pelo Baixinho. Assim como Bebeto, Romário voltou ao Vasco no fim de 1999, depois ser dispensado pela diretoria rubro-negra em uma boate, em Caxias do Sul, após o time ser eliminado do Campeonato Brasileiro. Em São Januário, chegou ao milésimo gol da carreira, em 2007.
Edmundo não teve o bom humor do camisa 11. Na passagem frustrada pelo Flamengo, enfrentou o Vasco em outubro de 1995. O Maracanã foi novamente palco de um reencontro de um ídolo com sua ex-torcida. Hostilizado, o atacante balançou a genitália para os vascaínos no empate por 1 a 1, pelo Campeonato Brasileiro.
Edmundo jogando pelo Flamengo em 1995 (Foto: Arquivo / Gazeta Press)Edmundo: passagem apagada pelo Flamengo
em 1995 (Foto: Arquivo / Gazeta Press)
Ronaldo e Flamengo foi a polêmica mais recente. Uma relação que transbordou de tanto amor (ou por falta dele). Por mais de uma vez, o Fenômeno vestiu vermelho e preto, declarou-se torcedor do clube da Gávea e fez planos de defender o time nem que fosse para encerrar a carreira. No entanto, o mais perto que conseguiu chegar disso foi em 2008, quando treinou no clube na fase de recuperação de uma cirurgia no joelho. A relação entre o jogador e o clube se deteriorou a partir do momento em que ele acertou com o Corinthians, no fim daquele ano. Depois de se preparar por três meses no Fla, o atacante saiu sem dar tchau e alegou “falta de uma proposta concreta do time do seu coração”. A partir daí, foi chamado de traidor pelos torcedores e manchou a imagem com muitos flamenguistas.
A primeira vez que Ronaldo enfrentou o Flamengo no Rio foi em abril de 2010, no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. Um encontro cercado de hostilidade. A recepção ao craque não foi boa no Maracanã. Na chegada do Timão ao estádio, o atacante, com o rosto bem fechado, encarou os cerca de 50 torcedores que o xingavam na entrada. Balançando a cabeça, como se quisesse dizer que estava contrariado e confiante ao mesmo tempo, o Fenômeno em nenhum momento deixou de olhar nos olhos dos rubro-negros. Na descida do ônibus, ainda ouviu alguns gritos de “traveco, traveco”, em alusão ao episódio mais polêmico de sua carreira. Um grupo de seis travestis, contratados por um torcedor do Flamengo, esteve na porta do estádio, mas não esperou pela chegada do craque. Em campo, o que se viu foi um Ronaldo apagado. Adriano, de pênalti, fez o gol da vitória carioca no jogo de ida. Na volta, em São Paulo, o Fla avançou.
Ronaldo no jogo entre Flamengo e Corinthians pela Libertadores (Foto: EFE)Na Libertadores de 2010, Ronaldo foi vaiado desde a chegada ao Maracanã. Fla venceu: 1 a 0 (Foto: EFE)
Petkovic e Casagrande: exceções
Eles também mudaram de time, mas não sentiram a ira das torcidas que deixaram. O ex-atacante Casagrande, hoje comentarista da TV Globo, trocou o Corinthians pelo Flamengo em 1993. No reencontro com a Fiel, foi bem recebido e aplaudido. Curiosamente, o jogador teve uma pequena participação no gol da vitória do Timão por 1 a 0. Rivaldo, atualmente no São Paulo, cabeceou, e a bola tocou em Casagrande antes de entrar. Nas arquibancadas, os corintianos cantaram a marchinha carnavalesca: “Doutor, eu não me engano, o Casagrande é corintiano!”.
O gol de falta que deu o tricampeonato carioca ao Flamengo em 2001, na decisão contra o Vasco, cravou Petkovic na história do Rubro-Negro. Talvez por isso ele tenha sido poupado pela torcida quando mudou de lado. Em outubro de 2002, no Maracanã, Pet se destacou na vitória vascaína por 2 a 1 e não foi hostilizado. Em 2011, ele se aposentou vestido de vermelho e preto, no Engenhão, muito festejado pelos rubro-negros.
Ronaldinho sabe o que o espera, mas não demonstra qualquer tipo de sentimento especial para o jogo de domingo. A partida será às 16h (de Brasília), válida pela 32ª rodada. O Olímpico não é mais um território dele e, dependendo do que ele fizer em campo, o estrago pode ser ainda maior.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Tragédias marcam a pior temporada do esporte a motor na era moderna

Mesmo com o alto padrão de segurança dos tempos atuais, acidentes graves fazem vítimas fatais em diferentes categorias no Brasil e no exterior

Por Alexander Grünwald São Paulo
Até a década de 1970, a morte era uma incômoda, porém frequente companheira dos pilotos nas pistas de corrida. A segurança, considerada nos primórdios do esporte a motor um fator de menor importância, era precária e sucumbia cada vez mais aos avanços tecnológicos e às crescentes velocidades alcançadas pelos carros e motos de competição. Uma combinação que provocava um número assustador de acidentes fatais. Nas últimas décadas, especialmente após a perda de Ayrton Senna, em 1994, muitas medidas foram tomadas nos circuitos e nos carros para diminuir esta estatística. Mesmo assim, diversos acontecimentos ao longo da temporada 2011 provaram que o risco, infelizmente, ainda faz parte do jogo. O ano ainda não acabou, mas já deixou marcas profundas entre pilotos e fãs do esporte a motor.
kubica acidente carro  resgate fórmula 1 (Foto: AP)Acidente de Robert Kubica numa prova de rali foi o primeiro susto do ano (Foto: AP)
Numa época em que são obrigatórios alguns equipamentos como capacetes a prova de bala, macacões antichama e o hans, uma proteção para o pescoço e a cabeça, os autódromos também ganharam melhorias nas áreas de escape e nas barreiras de pneus, entre outros procedimentos. Os carros, tanto em categorias de monopostos quanto de turismo, também estão mais resistentes aos impactos. Por isso tudo, a série de graves acidentes desta temporada não condiz com o número médio de pilotos que perderam a vida ou se machucaram seriamente em treinos e corridas nos últimos anos.
Sustos na pré-temporada
Os principais campeonatos internacionais nem haviam começado quando uma batida assustou os fãs do piloto Robert Kubica, no início de fevereiro. Buscando voltar ao ritmo das competições, o polonês sofreu um sério acidente durante uma prova de rali na Itália, na qual foi atingido por uma lâmina do guard-rail, que atravessou o carro. O piloto precisou de duas intervenções cirúrgicas para não perder os movimentos da mão direita, bastante afetada no choque. Mas a lesão desfalcou a equipe Renault-Lotus no Mundial de Fórmula 1, e o time não desenvolveu o carro como era esperado. Oito meses depois, os médicos consideram a recuperação positiva, mas ainda não há certeza a respeito do retorno de Kubica aos cockpits de um Fórmula 1.
Stock Car: carro de Xandinho Negrão após o acidente (Foto: Duda Bairros/Divulgação)Nos testes de pré-temporada da Stock Car, Xandinho Negrão capotou em Piracicaba (Foto: Duda Bairros)
No Brasil, o ano também não começou bem. Ainda nos testes de pré-temporada da Stock Car, no dia 23 de fevereiro, Xandinho Negrão perdeu os freios no fim da reta do circuito de Piracicaba, interior de São Paulo. O carro 99 capotou, voou sobre o alambrado e o piloto quebrou a clavícula. A pista, de pouco mais de dois quilômetros de extensão, foi bastante criticada por alguns competidores, que a consideraram inadequada para receber carros tão potentes quanto os da Stock.
Mas estrutura nem sempre é o bastante. Tanto que o tradicional autódromo de Interlagos, em São Paulo, que todos os anos recebe a Fórmula 1, fez três vítimas fatais em menos de dois meses. A primeira foi o fotógrafo João Lisboa, no dia 24 de fevereiro. Especializado em motociclismo, ele sofreu uma série de hemorragias que o levaram à morte após bater na Curva do Café – a mesma onde Rafael Sperafico havia perdido a vida em 2007, na Stock Light. O acidente ocorreu durante um track-day, evento no qual a pista é alugada para que os donos de veículos esportivos experimentem o potencial de suas máquinas.
Pedro Boesel Gustavo Sondermann acidente (Foto: Vanderley Soares)Acidente fatal de Gustavo Sondermann na divisão de acesso da Stock Car em SP (Foto: Vanderley Soares)
Semanas depois, no dia 4 de abril, um acidente múltiplo na mesma curva matou o piloto Gustavo Sondermann, de 29 anos, durante a primeira etapa da divisão de acesso da Stock Car. Chovia muito no momento da batida, que também causou fraturas em outro competidor, Pedro Boesel. O episódio estimulou a criação de uma comissão de segurança na categoria. Porém, no aspecto emocional, a comunidade do automobilismo sofreu outro baque logo no fim de semana seguinte, quando Paulo Kunze, de 67 anos, sofreu um traumatismo craniano que o levaria à morte dias depois. O piloto capotou seu carro na Curva do Sol em uma etapa da Stock Paulista, campeonato regional que utiliza antigos chassis da categoria.
A sequência de acidentes na pista de Interlagos também mobilizou os administradores do autódromo paulistano, que construíram uma chicane na Curva do Café, inaugurada em agosto, quando a Stock Car realizou a Corrida do Milhão. Uma prova que marcou a volta às pistas do piloto Tuka Rocha, que saiu praticamente inteiro de um incêndio de grandes proporções em seu carro logo na segunda volta da etapa anterior, no Rio de Janeiro. Com o cockpit tomado pelas chamas, o paulista de 28 anos salvou a própria vida ao se jogar do carro em movimento. O fogo começou no sistema de escapamento.
Tragédias nas categorias top
Não foi apenas nas pistas brasileiras que o perigo rondou os competidores. No dia 16 de outubro, o que era para ser uma corrida festiva da Fórmula Indy em Las Vegas, nos Estados Unidos, acabou em tragédia. Na prova de encerramento da temporada, que marcava a despedida dos chassis usados pela categoria desde 2003, havia até um prêmio de US$ 5 milhões (cerca de R$ 8,8 milhões) para o caso de vitória do inglês Dan Wheldon, convidado pela organização. Mas a criticada opção de colocar 34 carros numa pista de uma milha e meia de extensão e 20 graus de inclinação transformou-se num acidente de grandes proporções, que envolveu 15 pilotos. Um cenário semelhante a um campo de batalha, que matou justamente o grande astro da prova, campeão da Indy em 2005 e vencedor de duas edições das 500 Milhas de Indianápolis. Wheldon tinha 33 anos.
Dan Wheldon morte na Indy (Foto: Getty Images)Batida envolvendo vários carros em Las vegas causou a morte de Dan Wheldon na Indy (Foto: Getty Images)
Bastou uma semana para que o mundo do esporte a motor sofresse mais uma grande perda, desta vez sobre duas rodas. Na segunda volta do GP da Malásia, penúltima etapa da MotoGP, o italiano Marco Simoncelli perdeu o controle de sua moto e acabou atropelado por Colin Edwards e Valentino Rossi, que vinham em sua cola e nada puderam fazer para evitar o choque. Com lesões graves no tórax, pescoço e na cabeça, o piloto de 24 anos não resistiu e morreu ainda no centro médico do circuito. Após o acidente, a direção do Mundial de Motovelocidade optou pelo cancelamento da prova.
O comentarista da TV Globo, Reginaldo Leme, considera que diversos fatores pesaram para que o esporte a motor vivesse uma temporada tão difícil.
- No estágio em que estamos em relação à segurança de carros e autódromos, o que aconteceu este ano está bem fora da normalidade. Mas, analisados separadamente, em cada caso encontra-se uma causa fortuita. Por exemplo, a batida em "T" no carro do Sondermann, que é um caso inevitável. Já na MotoGP, fatalidade absoluta. Cansamos de ver acidentes daquele tipo sem maiores consequências. No caso da Indy, eu ponho a culpa nos americanos, que fazem um automobilismo diferente do resto do mundo. Botar 34 carros naquela pista oval de 1,5 milha é procurar problema. Este poderia ter sido evitado - analisa o jornalista, que tem 40 anos de experiência na cobertura da Fórmula 1 e de outras categorias do automobilismo mundial.
Acidentes graves também no Motocross
Até no segmento dos esportes radicais, a temporada 2011 não tem sido das mais tranquilas para as competições motorizadas. Durante a disputa do Mundial de Motocross em abril, na Bulgária, o goiano Wellington Garcia quase perdeu a vida depois de uma queda. O piloto de 22 anos, campeão brasileiro da modalidade, ficou 39 dias internado num hospital da capital búlgara – período no qual sofreu seis cirurgias, levou mais de 100 pontos, perdeu cerca de 20 kg e teve alguns órgãos internos parcialmente comprometidos. Mas Wellington não foi o único brasileiro a sofrer um grave acidente nas pistas de Motocross. Em setembro, Swian Zanoni, uma das grandes promessas do país na modalidade, morreu ao chocar-se com uma árvore durante uma exibição em Minas Gerais. Ele tinha 23 anos.
Piloto Swian Zanoni, morto em acidente (Foto: Site oficial do piloto Swian Zanoni)Promessa do Motocross, Swian Zanoni perdeu a vida durante exibição em MG (Foto: Site oficial Swian Zanoni)

De aliança, Valdivia se emociona em entrevista e diz ser vítima de extorsão

Chileno do Palmeiras acusa fotógrafo de o ter chantageado para que fotos comprometedoras não fossem publicadas. Caso foi parar na Polícia

Por Diego Ribeiro São Paulo

Emocionado, Valdivia deu, na manhã desta quinta-feira, na Academia de Futebol, sua versão sobre as fotos publicadas pelo jornal O Dia, na quarta-feira, nas quais aparece beijando uma mulher durante uma festa em fevereiro, em São Paulo. O jogador não confirmou a notícia de um jornal chileno, de que as fotos teriam causado o fim de seu casamento com a modelo chilena Daniela Aranguiz, mas admitiu que o fato lhe “causou um grande dano familiar”. Ele ainda está usando a aliança de casamento na mão esquerda.
Na entrevista, Valdivia acusou o fotógrafo Grizar Júnior de tentativa de extorsão. Com o telefone celular nas mãos, o jogador chegou a ler uma mensagem atribuída a Grizar: “Quanto vale seu casamento?”
Segundo o fotógrafo declarou em Boletim de Ocorrência registrado no 23º DP de São Paulo, Valdivia o teria procurado oferecendo dinheiro para que as fotos não fossem publicadas. Eles teriam entrado em acordo para que o chileno pagasse R$ 15 mil para que o material fosse deletado. No dia do pagamento, porém, um amigo de Valdivia teria aparecido com um envelope contendo apenas 10% da quantia (R$ 1,5 mil), o que gerou a confusão. Pouco depois, segundo o fotógrafo, Valdivia o teria ameaçado, dizendo que sabia onde estudavam os filhos dele, e que não poderia lhe fazer mal, mas sabia de “gente que poderia fazer.”
Valdivia, na entrevista desta quinta, afirmou ser vítima de extorsão. O fato ocorreu na madrugada de 4 de fevereiro, no aniversário da apresentadora Sabrina Sato, na boate Nacional Club, em São Paulo.
Valdivia palmeiras coletiva (Foto: Moisés Nascimento / Agência Estado)Valdivia, que ainda usa aliança, se emocionou em coletiva (Foto: Moisés Nascimento / Agência Estado)

Perguntei se ele queria me vender as fotos, perguntei o valor e ele não disse nada. Só disse 'Quanto vale o seu casamento?' Aí percebi que  estava falando com uma pessoa que não queria o bem "
Valdivia
- No mesmo momento em que ele (Grizar) estava tirando essas fotos, fui conversar. Ele disse que eu estava bêbado. Acho que eu não estava bêbado, não, porque vocês sabem que quando a pessoa está bêbada não pensa, não fala, só chega e atua. Se eu estivesse bêbado não teria conversado e procurado acertar com ele. Contei que eu estava num momento ruim na minha vida pessoal, que eu estava sozinho aqui, tinha dois filhos. Pedi por favor pra que as fotos não fossem expostas, porque iriam me prejudicar muito. Perguntei se ele queria me vender essas fotos, perguntei o valor, ele não me disse nada. Só me disse uma frase que me lembro até agora e até gravei aqui (neste momento, Valdivia mostra o telefone celular): “quanto vale o seu casamento?”. Depois dessa frase fui embora e a gente combinou de se falar outro dia. Fui embora triste pelo acontecido e também pela frase que ele disse. Aí percebi que estava falando com uma pessoa que não queria o bem. No dia seguinte aconteceu que ele pediu um valor muito alto, que com certeza vocês já sabem. É uma grande mentira o que ele diz, que eu teria oferecido R$ 20 mil. Eu nunca ofereci dinheiro pra ele! O único dinheiro que ofereci e ele pegou foi um valor muito menor do que ele pediu. Então, ele já está mentindo na frase que ele declarou no BO. Eu não ofereci R$ 20 mil, tenho prova disso. No momento certo, vai ser comprovado isso - disse o jogador.
A esposa de Valdivia, Daniela, hoje, mora no Chile. Na entrevista, o jogador fez questão de pedir desculpas publicamente a ela.
- Essas fotos me causaram muito dano familiar, mas vou esclarecer o que aconteceu para vocês. Eu estava passando por uma crise matrimonial. Eu estava sozinho aqui e minha mulher estava no Chile. A gente estava praticamente separado, não nos papeis, mas fisicamente. Ela estava lá no Chile com meus filhos e eu estava aqui sozinho (em São Paulo). Peço publicamente desculpas à mulher que eu amo, é a mãe dos meus filhos - disse Valdivia.
valdivia palmeiras ao lado de morena  (Foto: Grizar Junior / Honopix)O flagra de Valdivia com outra mulher, durante festa
em São Paulo (Foto: Grizar Junior / Honopix)
- Quero pedir desculpa também pra minha família pela vergonha que estou fazendo eles sentirem. Quero pedir desculpas à família da minha mulher. Estou muito envergonhado pelo que aconteceu. Tenho certeza que é a mulher da minha vida, por isso vim aqui na frente de todos vocês. Estou muito envergonhado de estar aqui sentado e falando o que estou falando, porque é uma situação muito incômoda e não é boa pra ninguém. O mais importante é pedir desculpas pra minha mulher. Reconheço o erro que cometi, tenho idade suficiente para saber quando você comete um erro. E esse foi um grande erro - emendou o jogador.
O caso mobilizou o Palmeiras. Todo o estafe do departamento de comunicação estava presente - o que é raro para um dia comum de treinos. O advogado do clube, André Sica, também esteve ao lado de Valdivia. Todos queriam passar apoio e orientar o chileno nas declarações à imprensa.
- É um peso que tiro de cima de mim, é uma questão que tinha me complicado muito. Passo uma mensagem pra todo mundo: quando a pessoa sentir que está sendo extorquida, vá na delegacia e faça o BO. Eu não fiz porque tentei sempre conversar, ajudar, queria terminar isso numa boa - disse o chileno.
Apesar da confusão extracampo, Valdivia tem treinado normalmente e deve enfrentar o Atlético-MG, domingo, em Sete Lagoas, mantendo a condição de capitão da equipe - ele já vestiu a tarja na partida contra o Figueirense, sábado passado, no Canindé.

Mano chama Kaká e deixa 'brasileiros' fora dos jogos contra Gabão e Egito

Novidades são os nomes dos ex-corintianos Willian e Bruno César, além de Dudu (ex-Cruzeiro) e Alex Sandro (ex-Santos). Robinho fica fora

Por Márcio Iannacca Rio de Janeiro


Kaká está de volta à Seleção Brasileira. Depois de seguidas lesões após a Copa do Mundo de 2010, o meia do Real Madrid recuperou o bom futebol e ganhou sua primeira oportunidade com o técnico Mano Menezes para os amistosos contra o Gabão, no dia 10 de novembro, às 16h (de Brasília), em Libreville, e diante do Egito, em Doha, no Qatar, no dia 14 de novembro, às 15h (de Brasília). Por outro lado, o comandante preferiu deixar os atletas que atuam no futebol local  fora da lista (confira mais abaixo). Tudo para não prejudicar a reta final do Brasileirão.
A Seleção se reúne no dia 7 de novembro em Frankfurt. De lá, o grupo viaja em voo fretado para Libreville, capital do Gabão. Após o confronto contra os donos da casa, a delegação segue para Doha, no Qatar, local da partida diante do Egito. A liberação dos convocados será no dia 15 de novembro.

Kaka Brasil x Chile (Foto: Reuters)Kaká não atua pela Seleção Brasileira desde a última Copa do Mundo na África do Sul (Foto: Reuters)
Robinho e Julio César fora. Ex-corintianos são as novidades


Para não prejudicar a reta final do Campeonato Brasileiro, Mano preferiu deixar fora da lista os atletas que atuam no Brasil. Na última convocação, o comandante desfalcou nove clubes - Botafogo, Atlético-MG, Vasco, Internacional, Santos, São Paulo, Corinthians, Flamengo e Fluminense. Com isso, o comandante deu uma nova oportunidade ou chamou pela primeira vez alguns nomes que já marcaram época com a amarelinha.
Nomes como Neymar, do Santos, e Ronaldinho Gaúcho, do Flamengo, principais estrelas das últimas convocações, vão ficar fora da equipe. O atacante do Peixe, por sinal, é o artilheiro da era Mano Menezes, com oito gols.
As novidades na lista são os nomes do ex-corintianos Willian (Shakhtar) e Bruno César (Porto), além de Dudu, ex-Cruzeiro e atualmente no Dínamo de Kiev, e Alex Sandro, contratado recentemente pelo Porto junto ao Santos. Esses dois últimos foram campeões mundiais sub-20 e possuem idade olímpica.
Já as ausências mais sentidas foram de dois atletas que atuam em Milão: Julio César, do Inter e que se lesionou na última quarta-feira, e Robinho, do Milan. O ex-santista já está recuperado de lesão e vem atuando pelo clube rossonero nas últimas rodadas.
Bruno Cesar comemora gol do Benfica contra o Otelul Galati (Foto: Reuters)Bruno César é uma das novidades na lista de Mano (Foto: Reuters)
Retrospecto de Mano à frente da Seleção Brasileira


Sob o comando de Mano Menezes, a Seleção Brasileira já disputou 18 partidas. Foram dez  vitórias, três derrotas e cinco empates. Até o momento, o time canarinho ainda não conseguiu vencer um rival de peso com o treinador no comando - Argentina (1 a 0, Doha), França (1 a 0, em Paris) e Alemanha (3 a 2, em Stuttgart).
Na primeira competição oficial da era Mano Menezes, a Seleção foi eliminada nas quartas de final ao perder nos pênaltis para o Paraguai. Nas cobranças, o time canarinho não converteu nenhuma - três para fora e um nas mãos do goleiro Villar. Elano, André Santos, Fred e Thiago Silva desperdiçaram os lances para a equipe nacional.
CONFIRA ABAIXO OS CONVOCADOS POR MANO MENEZES:
GOLEIROS: Neto (Fiorentina), Diego Alves (Valencia)
LATERAIS: Alex Sandro (Porto), Marcelo (Real Madrid), Daniel Alves (Barcelona), Adriano (Barcelona), Fabio (Manchester United)
ZAGUEIROS: Thiago Silva (Milan), David Luiz (Chelsea), Luisão (Benfica)
VOLANTES: Lucas Leiva (Liverpool), Luiz Gustavo (Bayern de Munique), Sandro (Tottenham), Fernandinho (Shakhtar), Elias (Sporting)
MEIAS: Bruno César (Benfica), Hernanes (Lazio), Kaká (Real Madrid), Willian (Shakhtar), Dudu (Dínamo de Kiev)
ATACANTES: Hulk (Porto), Jonas (Valencia), Kléber (Porto)

Legado à prova: arenas pouco usadas custam até R$ 150 milhões por jogo

Cuiabá e Manaus reforçam propostas para evitar que Pantanal e Amazônia não virem 'elefantes brancos'. Outras sedes já têm seus locatários definidos

Por André Casado Rio de Janeiro

Entre Copa das Confederações e Copa do Mundo, serão 80 partidas de nível internacional disputadas pelo Brasil entre 2013 e 2014. Mas, apesar da expectativa de grandes públicos e alto retorno financeiro, quatro estádios já sabem que receberão apenas quatro desses duelos - e todos da primeira fase do Mundial. A Seleção Brasileira não sobrevoará essas regiões, e a tendência é que times como Espanha, Alemanha e Argentina também não. Portanto, é difícil não se preocupar com o que será feito com arenas como as de Cuiabá e de Manaus quando a onda do evento passar. Numa conta simples, os gastos podem chegar a até R$ 150 milhões por jogo abrigado. Mas os responsáveis locais têm um planejamento para evitar.prejuízos.

Confira na tabela abaixo a relação custo/benefício de cada jogo da Copa nos estádios:
CIDADES-SEDE NÚMERO DE JOGOS VALOR TOTAL ESTIMADO R$ POR JOGO EM 2014
Cuiabá 4 R$ 596,7 milhões R$ 149,175 milhões
Manaus 4 R$ 533,3 milhões R$ 133,325 milhões
Natal 4 R$ 400 milhões R$ 100 milhões
Curitiba 4 R$ 220 milhões R$ 55 milhões
Recife 5 R$ 494,2 milhões R$ 98,840 milhões
Porto Alegre 5 R$ 290 milhões R$ 58 milhões
São Paulo 6 R$ 820 milhões R$ 136,6 milhões
*Belo Horizonte 6 R$ 684,1 milhões R$ 114 milhões
Salvador 6 R$ 591,7 milhões R$ 98,666 milhões
*Fortaleza 6 R$ 486 milhões R$ 81 milhões
*Rio de Janeiro 7 R$ 859,9 milhões R$ 122,8 milhões
*Brasília 7 R$ 671,2 milhões R$ 95,885 milhões
(*) As quatro sedes destacadas vão receber de três a cinco jogos da Copa das Confederações, o que atenua a diferença na relação entre gastos e utilização dos estádios neste nível de competiçã
As duas capitais citadas não têm clubes com projeção nacional nem tampouco tradição de lotar estádios com frequência. Por isso, no Mato Grosso, o projeto desenhado sob o olhar das autoridades é provisório. O público verá um palco multiuso durante a competição, com o anel completo e capacidade para 43 mil torcedores. Logo depois, se assim definir a empresa que vencer uma licitação em 2013, as arquibancadas atrás dos gols podem ser desmontadas e utilizadas em outra praça do estado, o que reduziria a Arena Pantanal para 25 mil lugares, barateando a manutenção.

- É o único projeto entre as 12 sedes, me parece, que possui esse detalhe. O estádio vai servir em definitivo ou não para outras cidades-pólo. É sustentável, mais inteligente. Trata-se de um evento atípico, por isso não há espaço para correr riscos. E o mais importante: a arena é só o passo para recebermos a Copa. O legado em visibilidade, turismo e infraestrutura que ficará para Cuiabá é marcante. Não há preocupação ou sequer conta em valores. O investimento de R$ 440 milhões (R$ 596,7 milhões, segundo balanço do governo, que considera os acessos ao local) já está sendo recuperado - avisa Eder Moraes, secretário-executivo de Cuiabá 2014.

Além disso, serão injetados aproximadamente R$ 1,2 bilhão em mobilidade urbana, com a introdução do VLT, que está em fase final de aprovação do projeto e tem previsão de entrega para 18 meses a partir do começo das obras. Isso sem contar os 11 hoteis e as rodovias que ligam áreas da região que anda não contam com tal estrutura.Obras arena pantanal  (Foto: Edson Rodrigues - Assessoria - Secopa)

- A melhora geral será de 1000%. Estamos muito orgulhosos de Cuiabá - afirmou Marcelo de Oliveira, engenheiro do projeto, que ainda destacou a possibilidade de serem erguidos shoppings, cinemas e restaurantes no estádio, pois "há espaço de sobra".

A Arena Pantanal ficará no lugar do antigo Verdão, o José Fragelli, construído em 1970 e que já não recebia, nem de longe, as 50 mil pessoas de sua capacidade original. O palco estava condenado pela defesa civil e, desperdiçando rios de dinheiro, havia virado alvo fácil de invasões para consumo de drogas e, segundo relatos, até antro de prostituição.

Manaus: realismo desde o princípio e palco do Peladão

Diante das dificuldades advindas da distância e da posição geográfica, entre outros aspectos relativos à política, Manaus vê nos quatro jogos confirmados na Copa um objetivo cumprido. A intenção agora é tornar a região Norte mais visitada não somente por aqueles que desejam conhecer a Amazônia, mas também pelos que buscam investimentos em sua forte zona franca. Quanto ao estádio, os cuidados que têm sido tomados são os de fazer valer, imediatamente após a conclusão do trabalho, a natureza multiuso do local. Para isso, o coordenador do comitê, Miguel Capobiango, esclarece como fazer.
A arena é só o passo para recebermos a Copa. O legado em visibilidade, turismo e infraestrutura que ficará para Cuiabá é que é marcante. Não há preocupação ou sequer uma conta em valores. O investimento de R$ 440 milhões (R$ 596,7 milhões, segundo balanço do governo) já está sendo recuperado "
Eder Moraes, secretário de Cuiabá 2014
- Está longe de ser só futebol o que teremos aqui. Há ideias de shows, de colocar a cidade na rota dos grandes eventos mesmo, tudo isso impulsionado pelo que as seleções que estiverem aqui vão divulgar. Nossos camarotes são móveis e vão virar centros de convenções internos, salas de reunião, ateliê de exposições... Carecíamos disso nessa área de Manaus. A questão do valor por jogo é simplória, ele não foi construído com o intuito de investimento. Se pegarmos o número de vezes em que o nome da cidade vai ser divulgado, só em publicidade o retorno será maior do que os R$ 533,3 milhões - indica o dirigente.

A Arena da Amazônia, no entanto, terá capacidade para 44 mil, e assim se manterá. Ainda que os projetos deem certo, fica a dúvida sobre se o estádio encherá com regularidade, para compensar sua manutenção. Atualmente, a média do Campeonato Amazonense não passa de dois mil torcedores por rodada. Na visão de Capobiango, isso é culpa dos clubes e terá de ser resolvido.

- Depende de um profissionalismo maior na gerência dos clubes. É um desafio resgatar a credibilidade, e isso está sendo visto com a secretaria de esportes. Será preciso aproveitar o potencial esportivamente também. Claro que sonhamos com um Fla x Flu, por exemplo. Vasco, Corinthians, São Paulo, todos esses têm torcidas enormes aqui, e vamos tentar viabilizar as vindas. Mas lembro que o "Peladão", o maior torneio de peladas do Brasil, promovido por uma rede de comunicação, reúne até 50 mil pessoas por jogo e é uma opção - destacou.

O Brasil também sediará a Copa América 2015, mas é muito provável que o centro da competição fique entre as cidades já escolhidas para protagonizar os eventos anteriores.

Curitiba e Natal: outros relegados já têm uso certo
Punidos pelo atraso em seus trabalhos, por disputas financeiras ou burocráticas, as sedes de Curitiba e Natal poderiam ter um desfecho melhor na Copa 2014, mas terão de se contentar com o status de coadjuvantes. No caso da Arena das Dunas, aliás, o temor de que o estádio sequer fique 100% pronto a tempo é grande. Já a Arena da Baixada não precisa de muito mais do que retoques, uma vez que já se consolidou como uma das mais modernas da América Latina. Mas só deu partida à reforma há menos de três semanas, o que não agradou à Fifa.



Arena da Amazônia 620 (Foto: Divulgação) 
 No entanto, os gastos de R$ 400 milhões de um e R$ 220 milhões do outro, já têm destino certo após o Mundial. Na capital nordestina, o estádio substitui o Machadão e verá partidas constantes de ABC e, principalmente, América-RN, que costumam levar bons públicos. No Paraná, por sua vez, o Atlético-PR controla e manda seus compromissos na Baixada e se beneficiará com as modernizações. O clube, inclusive, dividirá os gastos com iniciativa privada e pública.

Recife e Porto Alegre vão assistir a apenas cinco duelos - incluindo um das oitavas de final. Mas também olharam para o futuro. Enquanto a Arena Pernambuco, erguida em São Lourenço da Mata, município vizinho a Recife, será arrendada oficialmente pelo Náutico - distribuindo os R$ 494,2 milhões gastos -, o Beira-Rio já é do Internacional.
Matagal cresce em obras no Beira- Rio (Foto: Futura Press)O Beira-Rio, cuja reforma está parada há 4 meses,
tem matagal crescendo ao redor da arquibancada.
O Inter continua usando estádio (Foto: Futura Press)
Salvador, Belo Horizonte, São Paulo e Fortaleza receberão seis jogos, e já têm Bahia, Cruzeiro/Atlético-MG, Corinthians e Ceará/Fortaleza para, em tese, garantir o lucro posterior à medida que os palcos puderem ser novamente utilizados, além da renda gerada por quartas e semis, que seguramente terão presença de grandes seleções e garantirão alta rotação em turismo.

Brasília e Rio de Janeiro, por fim, viram ser marcados nada menos do que sete partidas, além da Copa das Confederações - que Mineirão e Castelão também têm. Com o Maracanã, cuja volta é muito esperada, não há preocupação. Já o badalado Estádio Nacional vai trabalhar para não ser esquecido, ainda que cada jogo, só da Copa, ofereça gasto de "apenas" R$ 97 milhões, relação custo/benefício bem mais interessante que a maioria.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Guia do título: Vasco tem rodada dos sonhos, e chances pulam para 52%




A vitória de 2 a 0 sobre o Bahia fez o Vasco voltar para a liderança do Campeonato Brasileiro e, de quebra, ainda abrir dois pontos para o Corinthians, segundo colocado, numa rodada dos sonhos para o time carioca. Dos sete postulantes ao título até a 31ª rodada, apenas o Vasco venceu, o que dá um retrato da dificuldade da competição. As chances de título subiram para 52%, segundo o matemático Tristão Garcia, enquanto o Corinthians tem agora 33%.
Nas sete rodadas que restam, o Vasco sairá do Rio de Janeiro apenas duas vezes - contra Palmeiras e Santos -, o que fará com que o time tenha um desgaste menor com viagens. O Corinthians tem adversários inferiores tecnicamente na fria análise da tabela, mas a vantagem, a princípio, não chega a ser grande, segundo Tristão Garcia.

Solteiro, Neymar ganha beijo de Claudia Leitte e promete gol à 'diva'


Principal “popstar” do futebol brasileiro, Neymar tem sido o jogador mais assediado pelas garotas. E elas têm motivo para comemorar: o craque está solteiro! Na tarde desta segunda-feira, durante evento de um dos seus patrocinadores, em São Paulo, o jogador do Santos e daSeleção Brasileira, disse que está "na pista", ganhou um beijo da cantora Claudia Leitte e prometeu comemorar um gol em homenagem à "diva".
- Estou solteiro. O que dizem por aí é só boato. Eu sou pai solteiro – afirmou o atacante, que recentemente foi pai, mas não mantém relacionamento com a mãe.

Cubana estraga a festa, e Fabiana Murer encerra ano vitorioso com prata


Antes dos tão sonhados dias de descanso, Fabiana Murer precisava dar um pulinho em Guadalajara para buscar mais um título. O que parecia simples para a atual campeã mundial do salto com vara, no entanto, virou missão impossível. A cubana Yarisley Silva estragou a festa de encerramento perfeita para o ano mais importante da carreira da brasileira. Fabiana se despediu do México e de 2011 com uma amarga medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos.

Sem Bernardinho, vôlei masculino estreia com vitória fácil sobre Canadá


Desta vez, a cena clássica não estava lá. Sem o técnico Bernardinho para dar suas tradicionais broncas à beira da quadra, a seleção masculina de vôlei nem precisou de puxões de orelha para estrear com vitória nos Jogos Pan-Americanos. Sob o comando de Rubinho, a equipe verde-amarela passou fácil pelo Canadá e, com um pé nas costas, fechou em 3 sets a 0, com parciais de 25/17, 25/13 e 25/13.

domingo, 23 de outubro de 2011

VASCO NÃO DÁ CHANCE AO BAHIA, VOLTA À LIDERANÇA E 'FAZ CHOVER' EM PITUAÇU




Diante de muito calor e um estádio cheio, o cenário parecia complicado para o Vasco retomar a liderança do Campeonato Brasileiro. Mas com Diego Souza inspirado e uma eficiência no sistema defensivo, o Bahia não teve chances. Felipe abriu o placar no primeiro tempo, e o camisa 10 fechou a conta em Pituaçu: um 2 a 0, que, com o empate do Corinthians com o Internacional em 1 a 1, levou a torcida cruz-maltina à loucura em Salvador, mesmo debaixo de chuva.




Italiano Marco Simoncelli morre após grave acidente na MotoGP da Malásia


O piloto italiano Marco Simoncelli morreu na manhã deste domingo após grave acidente logo na segunda volta da prova da MotoGP, na Malásia. O piloto da equipe Honda Gresini perdeu o controle da moto e foi ao chão em uma curva. Colin Edwards e Valentino Rossi, que vinham logo atrás, não conseguiram desviar e acabaram o atropelando. O capacete do italiano quebrou por causa da força do impacto e Edwards fraturou o ombro.

sábado, 22 de outubro de 2011

Cielo e Thiago estreitam laços, e amizade tem até ‘puxão de orelha’


"Cesar Cielo e Thiago Pereira tem várias coisas em comum. Os dois são da mesma geração, se destacaram na mesma competição (Jogos Pan-Americanos de 2007), conquistaram marcas e recordes inéditos e, consequêntemente, viraram ídolos brasileiros. Os dois nadadores, no entanto, nunca deram braçadas na mesma direção. Depois de alguns anos trillando caminhos bem distintos, a dupla, que junta somou dez ouros no Pan de Guadalajara, hoje compartilha técnico, raia, informação, experiência, risadas e até puxões de orelha."