sábado, 12 de novembro de 2011

Torcedor do Botafogo na infância, Dedé faz até o pai virar casaca

Presidente vascaíno, Roberto Dinamite também gostava do rival e virou maior ídolo do clube. Ele espera que zagueiro tenha a mesma sorte

Por Rafael Cavalieri e Thiago Fernandes Rio de Janeiro
Camisas em homenagem a Dedé (Foto: Divulgação)Antes botafoguense, Dedé ganhou até camisa
personalizada no Vasco (Foto: Divulgação)
Pare qualquer vascaíno na rua e pergunte o maior ídolo do clube na atualidade. A grande maioria vai responder Dedé sem pensar duas vezes. Mas o que poucos sabem é que na infância, o clube de coração do Mito era outro: o Botafogo, adversário da noite do próximo domingo, às 19h (de Brasília). Por influência do pai, o botafoguense seu Nivaldo, Dedé vibrava quando criança com os gols do Glorioso.
Hoje em dia, a paixão de infância faz parte do passado do zagueirão vascaíno. Tanto é que Dedé aos poucos vai repetindo a trajetória do maior ídolo da história do clube, o presidente Roberto Dinamite. Apesar de não querer mais tocar no assunto, o mandatário já admitiu em outros tempos que torcia para o rival quando mais jovem.
Ao saber da coincidência com Dedé, Dinamite foi simples e objetivo. Apenas deseja que o zagueiro tenha a mesma sorte que ele teve quando enfrentou o Botafogo. Tanto é que o gol considerado por todos o mais bonito de sua carreira foi marcado justamente diante do Glorioso (no Campeonato Carioca de 1976, quando recebeu a bola, matou no peito, aplicou um lençol no zagueiro Osmar e fuzilou o gol que selou a virada por 2 a 1 aos 45 minutos do segundo tempo. Relembre a jogada no vídeo abaixo).

 - Espero que ele tenha a mesma sorte, competência e senso de profissionalismo que sempre tive na minha carreira. O Dedé está construindo uma trajetória muito bonita aqui no Vasco e tomara que nos ajude a conseguir mais uma vitória e um título importante.
Dedé relembrou e admitiu que era influenciado pelo pai, seu Nivaldo. Mas hoje em dia acontece o inverso: o pai virou casaca por causa do filho.
- Torcia, sim, quando era criança, mas era no embalo do meu pai que era botafoguense. Mas agora eu sou Vasco e mesmo que um dia saia do clube vou continuar sendo Vasco para sempre. Até o meu pai deixou de torcer pelo Botafogo e agora torce pelo Vasco.

Andrés contraria gremistas e afirma que fez oferta para contar com Kleber

Presidente alvinegro espera por resposta do Gladiador sobre negociação com os gaúchos. 'Minha proposta está lá. Agora é só aguardar', diz

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Andrés Sanchez no treino do Corinthians (Foto: Ag. Estado)Andrés segue confiante na contratação de Kleber
(Foto: Ag. Estado)
Apesar de saber que sua proposta é inferior à do Grêmio, o Corinthians vive a expectativa de contratar o atacante Kleber para a próxima temporada. O clube gaúcho atendeu a todas exigências feitas pelo atleta, que pediu alguns dias para dar uma resposta final. Como o Gladiador não se posicionou sobre a oferta gremista até o momento, tal demora deixou a cúpula alvinegra esperançosa com a possibilidade de contar com o jogador no ano que vem.
Na última sexta-feira, o diretor-executivo do Grêmio, Paulo Pelaipe, afirmou que havia recebido uma ligação de Andrés Sanches, presidente do Corinthians, garantindo que o clube paulista não ia interferir na negociação do Tricolor gaúcho com Kleber.
- Minha proposta está lá. Agora é só aguardar, não tem muito o que fazer – afirmou Andrés.
O principal problema dos corintianos é que o Palmeiras não estaria disposto a negociar com o rival. Os dirigentes do Verdão também consideraram a oferta do Timão muito baixa, apesar da proposta ser considerada bem semelhante à do Grêmio.
O Corinthians ofereceu cerca de R$ 5 milhões pelos 50% dos direitos federativos do atleta que pertencem ao Verdão. A proposta gremista seria de R$ 4,8 milhões mais o atacante André Lima, que preferiu permanecer no Sul. Os outros 50% dos direitos de Kleber ainda pertencem ao Cruzeiro.
Pelos lados de Porto Alegre, o otimismo dos dirigentes foi deixado de lado, e um pronunciamento sobre o desfecho das negociações com o atacante do Palmeiras deve ser feito no domingo, após o duelo contra o Verdão, no Olímpico.
O maior trunfo do Corinthians é apostar no passado do atacante, que era torcedor do time do Parque São Jorge na infância. Kleber chegou até a preencher ficha de inscrição na maior torcida organizada do Corinthians quando já atuava nas categorias de base do São Paulo

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Criador do apelido Super Ézio lamenta morte: 'Marcou a minha vida'

Ex-locutor Januário de Oliveira se emociona ao lembrar de histórias com o atacante tricolor e ainda guarda camisa que ganhou de seu último jogo

Por Mariana Kneipp Rio de Janeiro
januário de oliveira  (Foto: reprodução Facebook)Januário de Oliveira lembra com carinho da
amizade com Ézio (Foto: reprodução Facebook)
“Super, super, super Ézio”. Era assim que Januário de Oliveira narrava os gols de um ídolo do Fluminense da década de 90, que faleceu na noite dessa quarta-feira, devido a um câncer no pâncreas. Aos 71 anos, o locutor lembra com detalhes de como criou o apelido e com carinho daquele que se tornaria mais do que só um jogador para ele.
- O apelido marcou não só a vida dele, mas a minha. Acho até que o admirava mais como pessoa do que como atleta. Mantínhamos contato até pouco tempo. Tenho o telefone da casa dele, o celular. Quando soube que ficou doente, liguei e conversamos longamente. Ele tinha esperanças, estava animado com o tratamento. Mas soube que já estava com uns 40kg. Teve uma recaída no domingo e nos deixou. Estou muito triste com essa perda - disse o locutor, torcedor do Fluminense, que ligou para o clube e para a família do jogador para transmitir suas condolências.
Hoje, com problemas de visão em decorrência da diabetes, Januário não pôde ver as citações de seu nome na internet como o criador do apelido do ídolo tricolor. Porém, pediu a seu neto que o fizesse e se emocionou. Ao sair para ir a uma academia em Goiânia, onde mora atualmente, também não conteve a emoção com pessoas nas ruas o parando para lembrar histórias de Ézio. Passagens que ele lembra com clareza, assim como o início da relação mais próxima com o atacante.
- Eu estava almoçando com um amigo no Rio de Janeiro quando o Ézio entrou na churrascaria. Comentamos que para fazer gols com a ajuda daquele time do Fluminense, que na época era muito fraquinho, tinha que ser herói. Então, meu amigo falou: “Herói, não. Tem que ser super-herói”. Fiquei pensando nisso. No domingo, teve o jogo contra o Botafogo, e ele marcou dois gols (no empate por 2 a 2). Já no primeiro, narrei como Super Ézio. Saiu naturalmente. Nem gritei assim no segundo. Mas, quando cheguei à TV na segunda-feira, aquilo tinha feito tanto sucesso, que revi a fita e achei legal também - relembrou.
Januário contou que o apelido teve o reconhecimento do próprio Ézio, que ligou para agradecer.
- Fiquei com medo de ele ficar um pouco chateado, de não gostar. Mas ele me disse que tinha achado muito legal, que era uma mão na roda para ele (risos) - divertiu-se.
A amizade cresceu, e o locutor conheceu a família do jogador. Ficaram tão próximos que Ézio fez questão de dar um presente a ele em sua despedida dos gramados, em 1996, já pelo Atlético-MG.
Ele me disse que tinha achado o apelido muito legal, que era uma mão na roda para ele"
Januário de Oliveira
- Ele não havia contado para ninguém que ia se aposentar. Só mãe, irmã e esposa sabiam. Após o jogo no Maracanã, eu estava comandando uma mesa redonda. Quando terminou o programa, uma pessoa da produção me disse que tinha um grupo me esperando. Pensei que era um telespectador. Saí e vi o Ézio com sua família. Ele queria me dar a camisa de seu último jogo como profissional e agradecer pelo carinho nesses anos. Sua mãe ficou emocionada, chorou. Eu também fiquei. Tenho a camisa até hoje. Virou um troféu para mim - disse Januário.
Januário aprova apelido de He-Man
Criador de apelidos famosos como o dos ex-jogadores do Flamengo Charles “Guerreiro” e Sávio (Anjo Loiro da Gávea) e de bordões como “Está lá um corpo estendido no chão” e “sinistro, muito sinistro”, Januário de Oliveira aprovou a criatividade da torcida do Fluminense para os atuais gritos de incentivo para o time e também a brincadeira com Rafael Moura.
- Acho que He-Man está perfeito para ele. Chamar de time de guerreiros também é muito legal. O grupo todo é muito forte, pode ser campeão. Não dá para destacar um só, como na época do Ézio, do Rivellino. É muito equilibrado. Mas dessa vez não vou criar nada, não. Deixa para a torcida - concluiu.
Gaúcho de Alegrete, Januário de Oliveira começou a carreira na Rádio Farroupilha, de Porto Alegre, e passou pela Rádio Nacional e pela Rádio Globo. Na televisão, foi narrador e apresentador da TVE, Manchete e Bandeirantes, deixando as funções em 1998, devido a complicações da diabetes.

Mulheres dos lutadores revelam que, dentro de casa, o nocaute é com elas

Flores, chocolate, tranquilidade e obediência são traços comuns dos maridos campeões Anderson Silva, José Aldo, Cigano e Lyoto Machida

Por Amanda Kestelman Rio de Janeiro
Mulheres do MMA Dayane Silva, esposa de Anderson Silva (Foto: Arquivo Pessoal)Dayane Silva, esposa do 'Spider' Anderson Silva,
posa ao lado do amado (Foto: Arquivo Pessoal)
Soberanos dentro do octógono, os destaques do Brasil no UFC só temem e se rendem a elas: donas de um carisma mais poderoso do que qualquer nocaute, as esposas dos lutadores garantem que são as verdadeiras campeãs quando o assunto é resolvido dentro de casa.
- Ele só manda mesmo dentro do octógono. Fora dele, ele tem que obedecer - gabou-se Dayane, esposa do maior nome do MMA da atualidade e atual campeão dos pesos-médios, Anderson Silva.
Juntos há quase 20 anos, Dayane e Anderson vivem em uma eterna lua de mel ao lado dos filhos. Segundo ela, o clima de romance e tranquilidade só termina quando o ''Spider'' fica de mau humor.
- Ninguém merece ele de mau humor. De longe eu já reconheço quando ele não está bem e nem ''cutuco'' a onça com vara curta. Mas na maioria das vezes, ele é um excelente companheiro, sempre tratando todo mundo com muito jeito e carinho - revelou a ''Senhora Spider''.
O campeão dos pesos-pena do UFC, José Aldo, também não tem moleza quando o assunto é com a sua ''patroa''. Considerado uma pessoa de personalidade tranquila pela amada Viviane, ele sempre dá a ''última palavra'' dentro de casa.
jose aldo viviane UFC (Foto: Ana Hissa / SporTV)Esposa de José Aldo, Viviane sabe enquadrar o campeão (Foto: Ana Hissa / SporTV)
- Em casa, a última palavra é sempre a dele: sim senhora, tudo bem e vamos lá (risos). Mas somos superparceiros, dividimos tarefas e sempre conseguimos chegar em acordos - brincou Viviane, a esposa de Aldo.
Apesar dos olhares ameaçadores e da agressividade durante os combates, os lutadores também têm um lado romântico capaz de derreter qualquer dama. De acordo com as declarações das esposas, todos já encarnaram o espírito ''Don Juan''.
- Uma vez cheguei em casa e ele tinha feito uma espécie de ''caminho de chocolates'' para mim. Da porta até o quarto, fazendo um formato de coração sobre a cama. E nem era data comemorativa. Foi surpresa mesmo. Me derreti toda, foi muito lindo - revelou Viviane, esposa de José Aldo.
Mulheres do MMA Vilsana, esposa do Cigano (Foto: Arquivo Pessoal)O lutador Júnior Cigano ao lado de Vilsana: romântico,
e muito bagunceiro em casa (Foto: Arquivo Pessoal)
Peso-pesado abusa na bangunça
Segundo Vilsana, esposa do lutador Júnior Cigano, que disputa o título dos pesos-pesados neste sábado contra Cain Velásquez, a ''fera'' dentro de casa é bem mais mansa do que aparenta quando encara seus adversários.
- É completamente diferente do que a gente vê durante as lutas. Brabo daquele jeito só na hora do combate. Comigo, é um doce. Manda flores, chocolate. É um tipo bem romântico em todos os sentidos - revelou Vilsana.
Mesmo com todo o foco nos objetivos, Júnior Cigano deixa a esposa de cabelo em pé quando o assunto é arrumação. Sem poupar o ''maridão'', Vilsana revela que, assim como no UFC, Cigano é um peso-pesado em termos de bagunça.
- Nossa, ele é muito bangunceiro. Vai largando tudo pelo caminho e eu vou atrás catando tudo (risos). Pelo menos o Júnior não larga toalha em cima da cama. Mas não me incomodo, sou muito boazinha - entregou.
Mulheres do MMA Fabyola Machida, esposa do Lyoto (Foto: Arquivo Pessoal)Fabyola Machida com o marido Lyoto e o filho mais
velho do casal (Foto: Arquivo Pessoal)
Faltando pouco mais de um mês para disputar o título dos meio-pesados com o atual campeão Jon Jones, Lyoto Machida conta com uma companheira de todas as horas dentro de casa. Mais do que sua esposa, Fabyola acompanha cada detalhe da carreira do marido e garante que a união da família faz toda a diferença no rendimento.
- O Dragão (apelido do lutador) fica dentro do octógono. Em casa, ele é extremamente carinhoso com todos nós. Um excelente pai, totalmente presente e muito querido pelos filhos. Nós estamos sempre juntos. O Lyoto é muito família e isso faz toda a diferença - contou a esposa do lutador, que revela ter uma parcela importante na formação do atleta no mundo do MMA - Isso eu posso afirmar com toda a certeza. Somos companheiros há muito tempo e eu acompanhei toda a caminhada dele até aqui. Desde que ele treinou pela primeira vez MMA - revelou.

Na madrugada deste domingo, a TV Globo transmite o duelo entre Júnior Cigano e Cain Velasquez, direto de Anaheim, a partir de 0h25m. A narração será de Galvão Bueno e os comentários de Vitor Belfort.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Brasil ‘acorda’, vira na marra e bate a Sérvia pela Copa do Mundo

Irreconhecíveis nos dois primeiros sets, brasileiras saem da iminente derrota para sua quarta, e mais emocionante vitória na competição

Por GLOBOESPORTE.COM Toyama, Japão

Depois de perder os dois primeiros sets, a seleção brasileira feminina de vôlei mostrou poder de reação e, no tie-break, derrotou a Sérvia por 3 sets a 2 (21/25, 21/25, 25/18, 25/19 e 15/12), nesta quarta-feira, em Toyama, conhecendo sua quarta vitória na Copa do Mundo no Japão. O time nacional, que já cumpriu cinco compromissos em 11 possíveis, ocupa provisoriamente a quarta posição, uma aquém do trio que garantirá antecipadamente vaga para os Jogo de Londres, em 2012.
O próximo compromisso do Brasil será sexta-feira, contra a China, em Sapporo, novamente às 4 horas (horário de Brasília), com transmissão da Globo e do Sportv. IItália, Estados Unidos (que jogam nesta quarta contra Alemanha) e China estão à frente das brasileiras.
Brasil x Sérvia, Copa do Mundo de Vôlei (Foto: FIVB / Divulgação)Com virada espetacular, as meninas brasileiras superaram a Sérvia em Toyama (Foto: FIVB / Divulgação)
- Estou orgulhoso do time. O banco foi determinante no resultado final. A Sassá e a Camila Brait entraram muito bem. Foi uma partida difícil. A Sérvia jogou fácil nos dois primeiros sets. Elas têm um time muito bom. Já temos que pensar na China e continuar nossa luta pela vaga olímpica - disse o técnico Zé Roberto.
O jogo
A equipe brasileira começou com Fabíola como levantadora no lugar de Dani Lins, repetindo a formação que encerrou a partida contra a Coreia. Pouco agressivo em seus ataques, porém, o Brasil não iniciou bem, vendo o predomínio da jovem seleção sérvia, que chegou a abrir 12/7 e depois 19/13, sem dar chances ao bloqueio brasileiro.
Das atacantes, somente Paula Pequeno mostrava jogo e virava para o time nacional, enquanto Mari e Sheilla apresentavam desempenho abaixo do esperado. Apesar de uma tênue reação das brasileiras, o time europeu fechou a primeira parcial em 25/21.
vôlei brasil sérvia copa do mundo (Foto: FIVB)Meninas comemoram ponto na partida (Foto: FIVB)
O segundo set foi marcado pelo equilíbrio inicial e pelo crescimento da seleção comandada por José Roberto Guimarães, que passou à frente do marcador fazendo 12/8 e parecia respirar na partida. No entanto, mais uma vez, a seleção “apagou” em quadra e, errando muito nos passes, permitiu a recuperação do time adversário que fez 17/15, 22/16 e fechou novamente em 25/21.
Com 2 a 0 contra, o Brasil entrou para o terceiro set sem outra alternativa, que não fosse a vitória. Mais ligadas, as meninas brasileiras logo conseguiram 4/0 e depois 9/5, indicando novas perspectivas para a equipe nacional. A recepção brasileira, entretanto, voltou a falhar, e o duelo, a ficar equilibrado, em 11/9 para a seleção. Foi então que, já com Sassá em quadra, o quadro nacional acertou o passe e retomou as rédeas, finalizando em 25/18 após ponto de Fabiana.
Reconhecendo a eficiência de sua experiente jogadora, José Roberto manteve Sassá em quadra para a quarta parcial, saindo a apagada Mari. A partida, agora, era parelha, com as equipes se alternando na liderança do marcador. Depois de novo descontrole, que permitiu vantagem às rivais, o Brasil reagiu e passou à frente novamente, fazendo 18/15 e fechou em 25/19, empatando o jogo e levando a decisão para o tie-break.
O set decisivo foi o mais emocionante. Sempre com a agressividade de Paula Pequeno, muito bem acionada por Fabíola (que cumpriu ótima performance), as meninas mostraram equilíbrio até então não visto na partida e, com atuação decisiva de Thaísa na rede, venceram por 15/12, definindo a dramática vitória.
O time do Brasil começou a partida com Fabiana, Fabíola, Paula Pequeno, Thaisa, Mari, Sheila e a líbero Fabi. Entraram no decorrer Dani Lins, Tandara, Sassá, Dani Lins, Camila Brait.

Confira outros jogos desta quarta-feira:

China 3 x 0 Argentina (25/10, 25/18 e 25/23)
Coreia 3 x 0 Quênia (25/21, 25/15 e 25/14)
Itália 3 x 0 Argélia (25/14, 25/14 e 25/15)

‘Loucademia’ de Futebol: incoerência derruba Verdão na tabela do Brasileiro

Briga por contratações duvidosas, problemas no time e dirigentes batendo cabeça: em campo, Palmeiras sente desorganização e já teme rebaixamento

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Felipão na partida do Palmeiras (Foto: Cesar Greco / Ag. Estado)Felipão grita à beira do gramado: dificuldades para
arrumar o time (Foto: Cesar Greco / Ag. Estado)
O Palmeiras do segundo semestre de 2011 prima pela falta de sintonia entre seus principais nomes. Uma série de erros de planejamento dentro e fora de campo culminou na fraca campanha da equipe no segundo turno do Campeonato Brasileiro. Com 41 pontos, a sete da zona de rebaixamento, o Verdão paga pelos equívocos, picuinhas e contratações que não deram certo. A cinco jogos do fim do Brasileirão, a intenção é se livrar logo do risco de degola e planejar a próxima temporada para evitar a repetição dos problemas.
O GLOBOESPORTE.COM listou quatro grandes “incoerências” do Palmeiras nesta atual fase, que culminaram no distanciamento entre o técnico Luiz Felipe Scolari e seu elenco. De longe, a diretoria tenta buscar alternativas para melhorar o ambiente. Todos os problemas estouraram justamente após o início do segundo turno. Em 14 jogos, o Verdão só venceu um, contra o Ceará, no Canindé.
Briga por jogadores de “baixo escalão”
O técnico Luiz Felipe Scolari brigou com a diretoria para ter jogadores que hoje, curiosamente, não aproveita. O principal caso é o do meia Pedro Carmona, que chegou a abandonar a concentração do Criciúma para acertar sua transferência para o Verdão – ele estava emprestado ao clube catarinense e pertencia ao São José-RS. Depois que chegou ao Palestra, porém, fez apenas dois jogos e hoje sequer é relacionado.
Outro caso é o do lateral-esquerdo Gerley, que custou R$ 1,3 milhão aos cofres do Palmeiras. Observado e aprovado pelo supervisor de futebol Galeano, o jogador denotou um grande esforço da diretoria para contratá-lo. Com o aval de Galeano, seu homem de confiança, Felipão deu chances ao lateral, mas o colocou na geladeira depois de uma expulsão contra o Avaí.
A posição de centroavante também já deu dor de cabeça no Palmeiras. Desde o início do ano, Felipão pedia um autêntico camisa 9 para ficar fixo na área, e a diretoria atendeu com Wellington Paulista, ex-Cruzeiro. Nas poucas oportunidades que teve, porém, foi escalado para jogar pelas pontas, função que tem dificuldades de exercer. Sentindo-se “queimado” pelo técnico, o centroavante pediu para sair e acabou retornando ao Cruzeiro. Hoje, Fernandão e Ricardo Bueno tentam exercer essa função – ambos foram indicados pelo treinador, que inclusive brigou com a diretoria para trazer Bueno.
Caso Kleber une, mas também racha
Em um primeiro momento, o afastamento do atacante Kleber deixou o elenco mais unido e fechado, o que resultou no empate por 1 a 1 com o Flamengo, um dia depois da briga do jogador com Felipão. Ao mesmo tempo, porém, o técnico perdeu o comando do time e não conseguiu mais retomá-lo. Com exceção de jogadores mais próximos, como Luan e Marcos Assunção, Luiz Felipe Scolari não tem mais a simpatia geral do elenco, principalmente dos mais jovens.
O “racha” entre técnico e elenco se acentuou em uma reunião fechada dos jogadores com o gerente de futebol César Sampaio. Alguns questionaram os métodos de Felipão e reclamaram do fato de o comandante expor demais seus jogadores após resultados negativos – mesma reclamação feita por Kleber no ato de seu afastamento.
Rivalidade dentro da cúpula do clube
A contratação do gerente de futebol César Sampaio serve para tentar organizar o clube, mas o novo funcionário do Palmeiras precisa fazer sua atuação não coincidir com a do supervisor de futebol Galeano e do gerente administrativo Sergio do Prado. César, aliás, vem para ser conciliador entre os dois lados – Galeano é próximo de Felipão, e Sergio tem apoio do vice-presidente Roberto Frizzo.
Técnico e dirigente não se bicam há algum tempo, mas a negociação de Kleber com o Grêmio serve para promover uma reaproximação. No elenco, os desentendimentos entre direção e comissão técnica são vistos como perigosos, já que os jogadores se sentem “desamparados” pelos dois lados.
Falta de padrão de jogo
Ainda unanimidade para a torcida, Felipão tem insistido em jogadores que colecionam atuações abaixo da média, casos de Rivaldo, Tinga e Ricardo Bueno. Parte dos palmeirenses já começa a perder a paciência com o técnico, que não consegue armar uma equipe competitiva nessa reta final de Brasileirão. Com poucos recursos, o técnico costuma escalar uma linha de três meias – Luan pela esquerda, Valdivia ou Tinga pelo meio, e Maikon Leite pela direita. No comando do ataque, Ricardo Bueno ou Fernandão. O esquema engessado é facilmente neutralizado pelos adversários.
Quando tentou inovar, o técnico também não obteve sucesso. Contra o Santos, na Vila Belmiro, escalou três zagueiros altos (Maurício Ramos, Henrique e Thiago Heleno) e mesmo assim perdeu com um gol de cabeça de Borges, bem mais baixo do que o trio. Diante do Coritiba, em Barueri, a escolha foi por três volantes: Chico, Marcos Assunção e João Vitor não conseguiram conter o rápido ataque da equipe paranaense. O próprio Felipão admitiu que falta padrão de jogo ao Palmeiras, que não conseguiu repetir a escalação por dois jogos consecutivos em 33 rodadas de Brasileirão.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Seleção se emociona com carinho da torcida em primeiro treino no Gabão


Seleção Brasileira fez nesta terça-feira seu primeiro treino no Gabão. Da saída do hotel à chegada ao estádio Augustin Monedan, os jogadores foram cercados pelo carinho da torcida local, e alguns membros da comissão técnica chegaram a comparar a reação à festa dos haitianos no "Jogo da Paz" em 2004.
Cerca de mil pessoas compareceram ao estádio para assistir ao treinamento. No caminho até o local do treino, os jogadores da Seleção puderam se deparar com várias casas destruídas. A iniciativa, de acordo com alguns moradores locais, partiu do governo por conta da melhorias para a Copa Africana de Nações, que acontecerá no país em 2012. As ruas em Libreville estão sendo ampliadas, e os moradores foram avisados da demolição que aconteceria na manhã desta terça.
- É um privilégio vir aqui e trazer alegria para o torcedor. É um povo batalhador, sofrido. Espero que a nossa passagem deixe esse povo feliz. Não esperava ser tão popular, mas deve ser pelo clube que eu jogo, pela Seleção que eu represento. Mas acho que o mais importante é o carinho dos torcedores conosco e o nosso com eles - disse o lateral-direito Daniel Alves.

Após vitória sobre o Cruzeiro, Fla torna-se o time da virada do Brasileiro


Nos estádios, a torcida cruz-maltina se acostumou a gritar “O Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor”. No entanto, neste Campeonato Brasileiro, vem do rival Flamengo o maior número de jogos em que o time estava atrás no placar e finalizou a partida com a vitória: seis vezes até a 33ª rodada.

Nesse domingo, contra o Cruzeiro, Anselmo Ramon abriu o placar para os mineiros. O zagueiro Victorino ainda teve a oportunidade de ampliar, mas desperdiçou um pênalti. Em seguida, Deivid empatou, e foi dele também o gol da virada. No fim, 5 a 1 no placar. Com o resultado, o Rubro-Negro carioca deixou para trás o Corinthians, que tinha cinco triunfos nessas circunstâncias.

Mesmo sem chance de título, Santos atormenta os primeiros colocados


O Santos não briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Faltando cinco rodadas para o fim da competição, o Peixe, 48 pontos, está dez atrás de Corinthians e Vasco, que dividem o primeiro posto, ambos com 58 (o time do Parque São Jorge está à frente por ter uma vitória a mais que a equipe carioca). Ainda assim, o Alvinegro Praiano vem levando a competição a sério. Tanto que, neste segundo turno, venceu três dos quatro primeiros colocados do Brasileirão.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Dramas, superação e peculiaridades marcam final da 4ª Divisão paulista

Jogo entre Capivariano e Independente, em Limeira, reúne histórias de personagens pitorescos, com a cara do futebol do interior de São Paulo

Por Sergio Gandolphi e Wagner Eufrosino Limeira, SP
A final da Quarta Divisão do Campeonato Paulista não foi marcada só por pancadaria. Figuras inusitadas, dramas familiares, rivais unidos, vencedores com futuro incerto e até uma "gastronomia" peculiar também fizeram parte da partida, disputada neste domingo, na cidade de Limeira - e que terminou com o Independente conquistando o título sobre o Capivariano. Denominada pela Federação Paulista de Futebol como Segunda Divisão, ela equivale à Quarta, pois vem depois das séries A-1, A-2 e A-3.
Antes de levantarem a taça, os jogadores do Galo tiveram uma dura batalha e foram obrigados a reverter um placar desfavorável de 2 a 0, do primeiro jogo. Enquanto o Independente lutava, dois torcedores em particular sofriam e tentavam ajudar o time do jeito que podiam. Márcio Luis Venâncio e Conceição Aparecida Pio, pais do zagueiro Márcio, se desesperavam a cada bola que chegava perto do gol da equipe de Limeira.
Ex-jogador de futebol com passagens por clubes de pouca expressão, o autônomo Márcio Luis, que trabalha como faxineiro de obras ao lado da mulher, teve de colocar dinheiro do próprio bolso para o filho continuar a jogar. O zagueiro chegou a ficar quatro meses sem salários no Independente e só voltou a receber porque os jogadores ameaçaram entrar em greve.
4. Divisão do Paulista Márcio Luis, pai do zagueiro Márcio (Foto: Wagner Eufrosino / globoesporte.com) Márcio Luis, pai de Márcio, do Independente, sofre
na torcida (Wagner Eufrosino / Globoesporte.com)
– Foi muito duro. Eles só não passaram fome. Eu moro em Campinas, e muitas vezes ele não tinha dinheiro para vir (até Limeira) treinar. Sei que é muito difícil essa vida, mas ele vai ganhando experiência. Não sei o que vai acontecer no futuro. Ele pode dar sorte, mas, se não acontecer, vai trabalhar comigo – disse o pai do jogador.
Sentada atrás do alambrado coberto por uma faixa da torcida, a mãe do zagueiro Márcio evitava olhar para o campo e se dividia entre momentos de ansiedade e felicidade.
– Eu não consigo assistir a nenhum jogo dele. Tenho medo que se machuque. Sempre foi assim. Mas este é o sonho dele, e sempre vou apoiá-lo. Até o fim – disse Conceição.
Ao fim do jogo, o zagueiro Márcio retribuiu o carinho dos pais. Ele se emocionou ao falar deles e quase foi às lágrimas.
– Sou mais um sonhador e, se eu estou aqui e consegui ser campeão, é por eles, que eu amo tanto – disse o jogador, ao lado do irmão Paulo e da noiva, Maríllia.
Não muito distante do alambrado, uma figura se destacava entre os torcedores do Independente. Com o cabelo estilo moicano, tingido de loiro, brincos nas orelhas e um óculos branco de sol, o garoto Bruno de Oliveira, que também joga futebol, era um sósia perfeito de Neymar.
Neymar Cover 4. Divisão do Paulista (Foto: Wagner Eufrosino / globoesporte.com)Neymar cover marca presença na Quarta Divisão
(Foto: Wagner Eufrosino / globoesporte.com)
O meia-atacante, de 19 anos, que pertence ao Volta Redonda, acompanhava a partida porque seu pai é torcedor do Independente. Apesar de imitar até os trejeitos e a maneira de falar do craque do Santos, as ambições de Bruno são bem menores.
– Agora que o Independente conseguiu o acesso, gostaria muito de jogar aqui na A-3. Meu futebol é alegre e tenho esse jeito moleque de jogar – disse o sósia do Neymar.
Ao contrário do que acontece na capital, quando a rivalidade entre os principais clubes provoca confrontos violentos e até mortes, corintianos e palmeirenses conviviam pacificamente durante a partida e, ao menos desta vez, estavam do mesmo lado. Os dois torciam para o Capivariano.
– Eu nasci em Capivari e estou sempre indo aos jogos do time. Agora que o Palmeiras não está bem, ele ficou em segundo plano – brincou o supervisor Fernando Cardoso, que estava vestindo o uniforme do Verdão.
Animado com a fase do Timão, o corintiano Jéferson de Oliveira se mantém fiel ao Timão, mas já estava preparado para a festa mesmo que o Capivariano não fosse o campeão.
4. Divisão do Paulista Sorvete ituzão (Foto: Wagner Eufrosino / globoesporte.com) Sorvete "Ituzão" faz sucesso no jogo em Limeira
(Foto: Wagner Eufrosino / globoesporte.com)
– O Capivariano fez um campanha muito boa, e os jogadores serão recepcionados no estádio com muito chope, não importa o resultado – disse Jéferson.
Com a alta temperatura que predominou em Limeira, e com o estádio cheio, quem mais comemorava eram os vendedores de espetinhos de pernil, de sanduíches e, principalmente, os que faturavam com o geladinho tamanho gigante: conhecido como "ituzão", de vários sabores. Duas caixas de isopor foram esvaziadas no decorrer da partida.
Dificuldades financeiras e ameaça de greve
Antigo celeiro de bons jogadores para o futebol brasileiro e até mundial, o interior de São Paulo tenta sobreviver a duras penas. O Independente fez a melhor campanha da Quarta Divisão do Campeonato Paulista e se sagrou campeão, mas, durante essa caminhada, o clube atrasou salários e os jogadores ameaçaram entrar em greve.
– Sofremos isso em dois momentos neste ano. Dois empresários da cidade nos ajudaram, e conseguimos quitar os salários. Cheguei a ir para a praça da cidade vender camisa para arrecadar fundos para o clube – contou o presidente do Independente, José Marcelo de Assis.
Antes das finais, o dirigente fez uma campanha para conseguir fechar a folha de pagamento e dar a premiação aos jogadores. Cada torcedor ou empresário poderia colocar seu nome na camisa mediante o pagamento da quantia de R$ 1 mil em cada jogo da decisão.
– Arrecadei R$ 18 mil na primeira partida e mais R$ 18 mil nesse segundo jogo decisivo. Somando isso com o prêmio dado pela Federação Paulista, consegui pagar todos os jogadores – explicou o presidente do Independente.
Apesar da conquista do título, o elenco todo deve ser desmontado porque os contratos da maioria dos jogadores terminam nesta quarta-feira. Poucos devem renovar.
4. Divisão do Paulista camisa apoiadores (Foto: Wagner Eufrosino / Globoesporte.com)Por R$ 1 mil, Independente traz nome de apoiadores nas camisas (Wagner Eufrosino / Globoesporte.com)

Carrasco de Slater, Gabriel Medina vence mais uma etapa do Mundial

Assim como na França, brasileiro de 17 anos elimina o hendecacampeão mundial e, depois, Taylor Knox. Na decisão, vitória fácil sobre Joel Parkinson

Por GLOBOESPORTE.COM San Francisco, EUA
Foi um déjà vu para Gabriel Medina. Nas ondas de Ocean Beach, um dia depois de entregar o 11º título mundial a Kelly Slater, o garoto-prodígio deu o troco no americano, 22 anos mais velho. Depois, uma vitória fácil sobre Taylor Knox, 23 anos mais velho. Na decisão, mudou apenas o adversário. Em vez de Julian Wilson, como na França, um outro australiano: Joel Parkinson. O resultado? De novo uma apresentação de gala e mais um título para o surfista de apenas 17 anos. Em San Francisco, a segunda vitória em quatro etapas como integrante da elite mundial.
- É incrível. Na verdade, não sei o que fiz. Não acredito - disse Medina.
Surfe Gabriel Medina campeão Mundial de San Francisco (Foto: ASP)Gabriel Medina: 17 anos e duas vitórias em quatro etapas na elite mundial (Foto: ASP)
Foi quarta vitória brasileira - a terceira seguida - na temporada 2011 do Circuito Mundial. Na França, Medina foi o campeão; em Portugal, Adriano de Souza, o Mineirinho. Em maio, Mineirinho venceu o Rio Pro. A última parada será em Pipeline, no Havaí. O janela de espera vai de 8 a 20 de dezembro. Dois dias depois, Medina completará 18 anos de idade.
Em Hossegor, na França, em sua segunda etapa como surfista da elite, Medina perdeu para Slater nas oitavas, passou pela repescagem e, nas quartas, deu o troco no americano. Nas semifinais, enfrentou Knox, de quem, lá nas ondas francesas, ganhou o apelido de "Medina Airlines". Motivo? Os muitos aéreos. Em San Francisco, a história se repetiu.
No domingo, Slater ergueu a taça depois de mandar Medina e Miguel Pupo à repescagem. Confirmava ali, depois de um erro de contas da Associação dos Surfistas Profissionais (ASP), o 11º título mundial. Nesta segunda, Medina passou pelo australiano Matt Wilkinson e marcou encontro com Slater, agora nas quartas.
Surfe Gabriel Medina quinta fase do Mundial de San Francisco (Foto: ASP)Nas quartas, Medina eliminou Slater (Foto: ASP)
Nem a prancha de cinco quilhas ajudou Slater. O brasileiro venceu o americano e depois eliminou Knox. Do outro lado da chave, Parkinson derrotava Alejo Muniz, impedindo uma final verde-amarela.
Parkinson assistiu a tudo. E, mal entrou na água, viu Gabriel Medina, nos primeiros segundos, emendar quatro manobras em uma onda e tirar 7,50. O aussie demorou cinco minutos para achar a primeira. Entrou, mas não saiu de um tubo.
Medina então remou para uma direita, rabiscou-a de ponta a ponta e arrancou 9,00 pontos. Parko se abateu. Tirou 6,90 em sua melhor. A outra nota era 4,00. Precisava de 9,60. E foi aí que o mar deu uma ajudinha para o Brasil. Marasmo. Quando as ondas enfim reapareceram, um mísero 3,63.

- Quero agradecer à galera do Brasil pelo apoio. Isso me ajudou bastante. Parabéns ao Parko. Ele é um dos meus surfistas preferidos.

Final:
Gabriel Medina BRA 16.50 x 10.90 Joel Parkinson AUS
Semifinais:
1. Gabriel Medina BRA 17.33 x 14.27 Taylor Knox EUA
2. Joel Parkinson AUS 14.97 x 14.34 Alejo Muniz BRA
Quartas de final:
1. Taylor Knox EUA 14.96 x 12.83 Kieren Perrow AUS
2. Gabriel Medina BRA 14.50 x 11.10 Kelly Slater EUA
3. Alejo Muniz BRA 13.83 x 11.83 Brett Simpson EUA
4. Joel Parkinson AUS 16.76 x 10.93 Josh Kerr AUS
Repescagem/quinta fase:
1. Taylor Knox EUA 14.67 x 12.83 Miguel Pupo BRA
2. Gabriel Medina BRA 13.93 x 13.70 Matt Wilkinson AUS
3. Brett Simpson EUA x Patrick Gudauskas EUA (machucado)
4. Joel Parkinson AUS 11.60 x 6.40 Owen Wright AUS

Nova geração, velha amizade: no Fla, Thomás e Muralha crescem juntos

Decisivos na goleada por 5 a 1 sobre o Cruzeiro, garotos de 18 anos buscam espaço e avisam: ‘A base vem com força total’

Por Richard Souza Rio de Janeiro

A imagem chamou a atenção e é significativa. Na comemoração do terceiro e do quarto gols do Flamengo na vitória sobre o Cruzeiro, neste domingo, no Engenhão, enquanto Ronaldinho e Thiago Neves dançavam na bandeirinha de escanteio, Thomás e Muralha, a nova geração rubro-negra, festejavam abraçados e aos pulos do outro lado do gramado. Só os dois. O volante, que substituíra Maldonado no intervalo, tornou a saída de bola muito mais veloz e deu as duas assistências para o camisa 7. Uma delas após passe de Thomás, que assim como na partida contra o Grêmio, não se intimidou e perturbou os marcadores com dribles e arrancadas.
- O Muralha é um grande amigo, de bastante tempo, há mais de cinco anos. Fico feliz por ele, e ele feliz com o que estou vivendo. Comemoramos juntos. A felicidade de um é a felicidade do outro – disse Thomás.
Titular pela segunda vez seguida, o camisa 25 ainda tenta se acostumar com a novidade. O jogo contra o Cruzeiro foi apenas o quinto dele como profissional. Na saída do Engenhão, se viu cercado por torcedores com pedidos de fotos e autógrafos.
Muralha Thomás gol Flamengo (Foto: Leandra Benjamin / FlaImagem)Momento só deles: Muralha e Thomás vibram no Engenhão (Foto: Leandra Benjamin / FlaImagem)
- Ainda não me acostumei (risos), é uma novidade para mim que estou começando, mas é bem gostoso esse assédio, o reconhecimento de todo mundo. Na verdade, nem sei se sou titular ainda, a ficha ainda não caiu. Mas aos poucos vai cair.
o garçom do jogo
  • Muralha
    Muralha: 2 assistências contra o Cruzeiro
  • Recordes de assistências em um jogo do Brasileiro
    Marcos Aurélio 2 CFC 5 x 0 BOT
    Mariano 2 FLU 3 x 1 CFC
    Souza 2 FLU 4 x 0 CEA
Muralha está no grupo principal há mais tempo e participou da campanha do título carioca. Decisivo na goleada sobre os mineiros, fez a 13ª partida dele na temporada. Desde a promoção para o time de cima, foi titular três vezes. Mas não tem pressa.
- Estou novo, 18 anos ainda, tenho que esperar o momento certo de entrar no time titular. O importante foi a vitória. O professor (Vanderlei Luxemburgo) pediu para eu ficar ligado, para prestar atenção no jogo que eu ia entrar. Tive a felicidade de dar os dois passes e de o time ter saído com a vitória. Em toda partida tenho que entrar, marcar presença, chegar na frente, marcar, fazer o que eu sei.

Thomás e Muralha foram campeões da Copa São Paulo de Futebol Júnior no início do ano. O entrosamento, segundo eles, está em dia e cada vez melhor.
Thomás Flamengo (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)Cercado por fãs, Thomás ainda se acostuma com o
assédio (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
- A nossa amizade vem desde pequeno, desde o salão. O Thomás me deu o passe e fiz a assistência para o Thiago (Neves). Acontecia direto na base, só que eu dava o passe para ele fazer os gols (risos). É diferente jogar no time de cima, a pressão é maior, tem torcida. Mas temos de estar preparados para fazer o melhor – comentou Muralha.
Pouco a pouco, a dupla começa a mostrar que a geração é talentosa e promissora.
- Fomos campeões da Taça São Paulo e conseguimos espaço no profissional. Thomás, eu, o Lorran já fez parte também, o Luiz Antonio, que se recupera de lesão (operou os dois ombros e só volta em 2012). A base vem como força total.

Língua afiada: Pelé canta, cutuca argentinos e aconselha Neymar

Rei do Futebol se mostra à vontade em gravação do Programa do Jô: ‘Os argentinos precisam decidir quem é o melhor deles antes de discutir comigo’

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Pelé está com a língua afiada, seja para cutucar os argentinos ou para soltar a voz em canções de autoria própria. Nesta segunda-feira, o Rei do Futebol foi o convidado do Programa do Jô, da TV Globo, e esbanjou bom humor ao falar dos mais variados assuntos. A íntegra do programa vai ao ar no próximo dia 11, sexta-feira. Durante a gravação, Pelé cantou duas músicas de autoria própria e, em uma delas, acompanhou o sexteto de músicos de Jô Soares no violão, que aprendeu a tocar ainda nos tempos de jogador, “com Wilson Simonal, Jair Rodrigues e Martinho da Vila”.
pelé jô soares (Foto: Diego Ribeiro/Globoesporte.com)Pelé se arrisca no violão: lado musical no Programa do Jô (Foto: Diego Ribeiro/Globoesporte.com)
Em meio às canções, Pelé voltou a falar sobre a velha rivalidade com os argentinos. A recente declaração de Messi, que disse nunca ter visto o Rei atuar, não incomoda o brasileiro, que já respondeu anteriormente que enviaria um DVD do filme “Pelé Eterno” para o craque do Barcelona. Durante o programa, porém, Pelé voltou a cutucar os vizinhos do Brasil.
pelé jô soares (Foto: Diego Ribeiro/Globoesporte.com)Pelé canta música sobre seu início no futebol
(Foto: Diego Ribeiro/Globoesporte.com)
- Isso tem desde o tempo em que Santos e Real Madrid eram os melhores times do mundo. Quando eu comecei, perguntavam se o melhor era eu ou Di Stefano, depois veio Maradona, depois Messi. Aí brinquei com um dos meus empresários, que é argentino. Falei que eles precisam primeiro decidir quem é o melhor da Argentina. Depois vamos discutir – disparou.
Apesar de reconhecer o talento de Messi, Pelé já afirmou que votaria no santista Neymar para a eleição de melhor jogador do mundo em 2011. Acompanhando sempre os jogos de seu “pupilo”, o Rei do Futebol falou da experiência própria para aconselhar o craque do Peixe a se proteger mais das pancadas dos adversários. Apesar de não ter histórico de contusões, Neymar gera preocupações em Pelé.
- Tenho falado para o Neymar aprender a se defender. Como ele é muito habilidoso e o melhor do time, é claro que vai ser sempre muito marcado. Eu aprendi a me defender bem, e tento passar um pouco disso para ele, é um jogador maravilhoso – disse o Rei.
Pelé mostrou descontração em todos os momentos da gravação, com boa parte de sua família convidada e assistindo a tudo da plateia. Em meio às cutucadas, o Rei do Futebol assistiu a filmes dos quais participou fazendo o papel dele mesmo, e também contou histórias dos tempos de Seleção Brasileira.

Guia do título: com a matemática a favor, Flu integra novo 'trio de ferro'

Tricolor carioca quadruplica suas chances, deixa o Botafogo para trás e se junta a Corinthians e Vasco como principais favoritos ao caneco nacional

 

Em rodada quase perfeita, em que os até então três favoritos ao título foram derrotados, o Fluminense conseguiu uma vitória expressiva sobre o Inter, no Beira-Rio, e viu as chances de levantar a taça  quadruplicarem - de 5% para 20%, na visão do matemático Tristão Garcia. O Tricolor tomou o posto do Botafogo e agora faz parte do trio de ferro do Brasileirão, a cinco rodadas do fim da competição.
Na última semana, a possibilidade de o caneco ficar entre Corinthians, Vasco e Botafogo era de 91%. Agora, após a 33ª rodada, a porcentagem é a mesma, só que com o Fluminense no lugar do Alvinegro carioca.
- O Fluminense vive um grande momento. É o único time que tem uma média acima de dois pontos por jogo no returno (2,2). Perdeu, em casa, para o Atlético-MG, mas se recuperou com duas vitórias fora de casa - analisou Tristão, que aponta, com uma ressalva, outro ponto a favor do Tricolor nesta reta final:

- O time ainda tem a vantagem da tabela. Praticamente não sai do Rio (tem só um jogo fora, contra o Figueirense). Mas tem os clássicos (dois, contra Vasco e Botafogo). No Rio, os clássicos geralmente terminam empatados, e o Fluminense ainda não venceu um neste campeonato. Se quiser o título, terá de superar isso.
Matemática a favor do Timão
O principal favorito ao título, porém, continua sendo o Corinthians. De acordo com o matemático, suas chances reduziram em relação à última rodada - de 48% para 41%.
- O Corinthians fez um ótimo depósito no primeiro turno. Mas no segundo está em décimo. Tem aproveitamento de Sul-Americana. No entanto, aparece como o principal favorito, principalmente porque os cariocas ainda se enfrentam, e o Corinthians não pega mais ninguém do G-5. A matemática está a favor dele - frisou Tristão.
A derrota para o Santos tampouco teve consequências na caminhada do Vasco rumo ao título, pela menos na visão matemática. Favorecido pelos tropeços de seus principais rivais, o time da Colina viu suas chances de título caírem de 31% para 30%.
- Para o Vasco, a rodada ficou até de bom tamanho. Corinthians e Botafogo eram favoritos, mas perderam seus jogos. O Vasco tinha um jogo difícil fora de casa. Os três perderam.
Fla e Figueira aparecem com chances matemáticas
Dono do placar mais elástico da rodada, o Flamengo goleou o Cruzeiro, mas segue como azarão na briga pelo título. De 1%, suas chances de título subiram para 3%. O baixo número de vitórias (14) e a quinta colocação são os principais pontos negativos na caminhada rubro-negra.
- O Flamengo ainda tem quatro adversários à frente. Além disso, perde para todos no primeiro critério de desempate (número de vitórias). Na realidade, não está a três pontos dos líderes. Precisa de quatro para superá-los. O Luxemburgo já percebeu isso e não fala em título. A favor, só a média de pontos das últimas seis rodadas (1,83). É alta. Está confirmando que o Flamengo é um time de chegada.
Em relação à última rodada, São Paulo e Inter deixaram de vez a briga pelo título, na visão do matemático. Mesmo com a vitória fora de casa sobre o Botafogo, o Figueirense segue com 1%, chance desprezível, segundo Tristão.
- O Figueirense vive o melhor momento no Brasileirão. Dos últimos 15 pontos, conquistou 13. Mas estava muito atrasado e ainda tem muito a tirar. Se continuar com essa campanha, garante uma vaga na Libertadores.
Brasileiro mais disputado dos pontos corridos
Retrospectiva G4 Rodada 33 (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)
Desde 2007, quando o São Paulo garantiu o título antecipado na 34ª rodada, o Campeonato Brasileiro vem sendo marcado pelo equilíbrio até as rodadas finais. Essa edição, porém, vem se superando.
Desde 2006, quando o Brasileirão passou a ter 20 equipes, nunca a diferença do primeiro para o quarto colocado foi tão pequena, após a 33ª rodada. Hoje, o líder Corinthians está a três pontos do Botafogo (quarto colocado) e do Flamengo (quinto).
Para os flamenguistas, aliás, um alento. Com chances reduzidas (3%) de levantar o caneco, o clube pode se apoiar na campanha de 2009. Na ocasião, a cinco rodadas do fim, a diferença para o líder era maior: quatro pontos. No entanto, o time era o quarto na tabela. Hoje, é o quinto.

 

PF prende agressores do trio de arbitragem de Timão x América-MG

Com auxílio do circuito interno de câmeras de Congonhas, Polícia Federal identifica os torcedores do Corinthians que agrediram árbitro e auxiliares

 

Em poucas horas, a Polícia Federal identificou e deteve, nesta segunda-feira, os quatro torcedores corintianos responsáveis pela agressão no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, ao trio de arbitragem do jogo entre Timão e América-MG, realizado domingo, em Uberlândia.
Eles prestaram depoimento no posto da Polícia Federal em Congonhas, no final da tarde desta segunda-feira, e foram enquadrados no artigo 41-B do Estatuto do Torcedor, que fala em "promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos: (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010)". Esse artigo tem como pena reclusão de até dois anos e multa, podendo a pena de reclusão ser convertida em pena impeditiva de comparecimento às proximidades dos estádios por até três anos.
Chegaram nos intimidando e, quando já estávamos no saguão, partiram para cima do Jean Pierre. Fui tentar defendê-lo e recebi um pontapé na perna e um soco na cabeça"
Altemir Hausmann, árbitro auxiliar
Os quatro assinaram um termo de compromisso e foram liberados em seguida. Ainda não há data para audiência. A Polícia Fderal não revelou a identidade dos quatro agressores. O árbitro auxiliar Altemir Hausmann, que sofreu um pontapé na perna e um soco na cabeça, disse apenas que seu agressor se chama "Bruno".
Os quatro agressores foram identificados com o auxílio do circuito interno de imagens do aeroporto. Eles estavam no mesmo voo TAM JJ 3239, de Uberlândia para São Paulo, que trouxe o trio formado pelo árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima e pelos auxiliares Altemir Hausmann e Julio Cesar Rodrigues, todos do Rio Grande do Sul. A intimidação começou no ônibus que os levavam da aeronave até o saguão do aeroporto.
– Chegaram nos intimidando e, quando já estávamos no saguão, partiram para cima do Jean Pierre. Fui tentar defendê-lo e recebi um pontapé na perna e um soco na cabeça – relatou, por telefone, o auxiliar Altemir Hausmann, que passou por exame de lesão corporal imediatamente depois do ocorrido, no Instituto Médico Legal.
– Não sei dizer se era uma camisa de torcida organizada, mas, definitivamente, era do Corinthians – emendou Hausmann.
O caso foi registrado no posto da Polícia Federal em Congonhas.
A reclamação dos torcedores era sobre o pênalti assinalado por Jean Pierre, que resultou no primeiro gol do América-MG (veja o lance acima).
 Jean Pierre Gonçalves Lima árbitro agressão corinthians x américa-mg 2 (Foto: Agência Estado) Jean Pierre Gonçalves Lima (ao centro) e os dois auxiliares em Congonhas (Foto: Agência Estado)
Em seu site oficial, o Corinthians publicou uma nota de repúdio ao ocorrido nesta manhã. Veja a íntegra do comunicado:
Em relação aos fatos ocorridos na manhã desta segunda-feira (07), o Sport Club Corinthians Paulista repudia toda e qualquer forma de violência. Este não é o caminho para decisão do ponto de vista esportivo ou de qualquer natureza.
Quando um atleta do maior rival do Corinthians foi agredido por torcedores do próprio clube, o Corinthians além de repudiar o ocorrido foi a público através de seu presidente, Andrés Sanchez, para deixar claro que apoiava a decisão de paralisação do Campeonato e comunicou sua posição ao presidente do Sindicato de Atletas do Estado de São Paulo, Rinaldo Martorelli.
O futebol tem as instituições necessárias para que as posições do clube possam ser comunicadas evitando qualquer ato de violência.